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    Ex-ministro Azeredo Lopes constituído arguido por denegação de justiça

    O ex-ministro da Defesa torna-se, assim, no 23.º arguido do processo que diz respeito ao furto das armas de Tancos e à sua posterior devolução.

    O ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, foi constituído arguido, esta quinta-feira, no processo do furto das armas de guerra guardadas nos paióis de Tancos.

    De acordo com o NM, a notícia está a ser avançada pela TVI que, no dia de ontem, avançou também com a informação de que um técnico do Laboratório da Polícia Técnica e Científica da Polícia Judiciária Militar.

    Segundo apurou a mesma fonte, Azeredo Lopes é suspeito dos crimes de denegação de justiça.

    Recorde-se que Azeredo Lopes demitiu-se do cargo de ministro da Defesa na sequência das declarações do então diretor da Polícia Judiciária Militar que garantiu ter informado o governante acerca da encenação da devolução das armas.

    Apesar de sempre ter negado tal facto, o então ministro apresentou a sua demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro.

    O furto de material militar dos paióis de Tancos foi revelado a 29 de junho de 2017 e a recuperação da maior parte do material foi divulgada pela PJM, em comunicado, no dia 18 de outubro de 2017, na Chamusca, a cerca de 20 quilómetros de Tancos.

    A investigação do Ministério Público sobre o aparecimento do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da PJM e da GNR.

    O caso levou já à demissão do anterior ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, em 12 de outubro, invocando a necessidade de evitar que as Forças Armadas fossem prejudicadas pelo “ataque político” e as acusações de que afirmou estar a ser alvo.

    O chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, pediu também a resignação, apenas dois dias depois da tomada de posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

    Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

    Segundo o Ministério Público, em causa estão “factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas”.

    Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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