Dois alegados soldados russos capturados no leste separatista pró-russo da Ucrânia foram acusados de “atividades terroristas”, anunciou hoje o conselheiro dos serviços ucranianos de segurança, Markian Lubkivski.
“O capitão Erofeiev e o sargento Alexandrov são acusados (…) de participação em atividades terroristas”, indicou Lubkivski na sua página na rede social Facebook.
Na véspera, os serviços de segurança ucranianos (SBU) convidaram vários media internacionais e representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, da União Europeia e da Amnistia Internacional para se deslocarem ao hospital militar de Kiev para verem os dois homens feridos em combate.
A Ucrânia apresentou-os como soldados das forças especiais russas e a Rússia diz serem antigos militares.
Nos vídeos do seu interrogatório divulgados pelo SBU, os dois homens dizem pertencer à “terceira brigada das forças especiais russas, sediada em Togliatti”, a 800 quilómetros a sudeste de Moscovo.
Afirmam terem entrado em território ucraniano há mais de um mês com cerca de 200 outros militares russos para realizarem missões ligadas às informações no leste da Ucrânia, com as tropas rebeldes que combatem as forças de Kiev.
A sua captura no sábado perto da cidade de Chtchastia, perto do feudo rebelde de Lugansk, “é uma prova irrefutável da presença russa e da agressão russa contra a Ucrânia”, sublinhou hoje o presidente ucraniano, Petro Poroshenco, durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo eslovaco, Andrej Kiska.
Kiev e os ocidentais acusam a Rússia de armar os rebeldes do leste e de destacar tropas regulares, mas Moscovo sempre desmentiu qualquer envolvimento no conflito no país vizinho que causou mais de 6.200 mortos desde abril de 2014, admitindo a presença de “voluntários” russos que lá estarão por livre iniciativa. (noticiasaominuto.com)