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    EUA decidem levantar embargo económico imposto há 20 anos ao Sudão

    Os Estados Unidos decidiram hoje levantar formalmente um embargo económico imposto há 20 anos ao Sudão, que já tinha sido levantado de forma temporária pelo anterior Presidente, Barack Obama, antes de deixar a Casa Branca.

    “As ações do Governo do Sudão nos últimos nove meses mostram que está a levar a sério a cooperação com os Estados Unidos”, congratulou-se a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

    Em janeiro, Barack Obama levantara uma parte das sanções norte-americanas ao Sudão por um período probatório de seis meses.

    Em troca, Cartum comprometeu-se a cumprir um roteiro de cinco pontos, entre os quais o fim do apoio aos grupos de rebeldes no Sudão do Sul, o fim das hostilidades nas províncias de Darfur, Nilo Azul e Kordofan do Sul e a cooperação com os serviços secretos norte-americanos contra o terrorismo.

    No final desse período probatório, em julho, o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu a si mesmo mais três meses para decidir levantar ou não de forma definitiva este embargo.

    Todavia, o Sudão continua na lista norte-americana dos “patrocinadores do terrorismo” e é ainda alvo de algumas sanções, nomeadamente sobre o armamento.

    “Levantar as sanções de forma permanente envia uma mensagem errada, quando o Sudão fez muito poucos progressos em matéria de direitos humanos (…) Um Governo assim não deveria ser recompensado”, considerou Andrea Prasow, da organização Human Rights Watch, em Washington, que recorda que o Presidente sudanês, Omar al Bashir, é alvo de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e genocídio.

    Magnus Taylor, analista do International Crisis Group (Grupo de Crise Internacional) defendeu, ao contrário, que este levantamento do embargo constitui um “meio eficaz” de obter a cooperação do Sudão.

    “Se os Estados Unidos forem inteligentes, utilizarão este ímpeto nas relações com o Sudão para obter mais progressos na conduta do Governo sudanês”, explicou, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

    Os Estados Unidos impuseram sanções ao Sudão em 1997 pelo seu presumível apoio a grupos islamitas. O fundador da Al-Qaida, Osama bin Laden, viveu em Cartum entre 1992 e 1996.

    Ao longo dos anos, as sucessivas administrações norte-americanas reforçaram tais restrições, acusando Cartum de violações dos direitos humanos, nomeadamente no sangrento conflito contra os rebeldes no Darfur que fez, desde 2003, 330.000 mortos, segundo a ONU. (Notícias ao Minuto)

    por Lusa

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