A Escola do Ensino Especial da província do Bié necessita de máquinas de Braille e outros materiais didácticos para melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem dos 640 alunos da instituição.
O facto foi avançado à Angop, hoje, segunda-feira, na cidade do Bié, pela directora da Escola do Ensino Especial do Bié, Célia de Freitas, tendo referido que a instituição conta apenas com seis máquinas de Braille, que são partilhadas por onze alunos com deficiências visuais, o que tem prejudicado o processo de aprendizagem.
Para si, o ideal é ter uma máquina para cada discente, pelo que apela à sensibilidade das autoridades do sector no sentido de ajudarem na recuperação de quatro outras avariadas.
Salientou que, além da carência de máquinas de Braille, a única instituição de género na província do Bié precisa também de um psicólogo clínico e da ampliação para sete salas de aulas, visto que a escola possui apenas três, número insuficiente para satisfazer a demanda.
A responsável realçou a existência também de um “número elevado” de crianças epilépticas, tendo reiterado, por isso, o reforço de acções como apetrecho com mais material didáctico.
Dos 640 alunos com necessidade educativas especiais, 295 apresentam deficiências como atraso mental, problemas auditivos, surdez e anomalias físicas/ motoras e as demais com desvios de conduta.
Por seu turno, o director do Gabinete Provincial da Educação no Bié, António Manuel, informou ter já conhecimento dos problemas apontados, pelo que trabalham para que, ainda este ano, recebam equipamentos, em particular novas máquinas de Braille.
A Escola do Ensino Especial do Bié foi criada em 2008 e funciona com 31 professores (22 efectivos e nove colaboradores), alguns dos quais formados na própria instituição.
