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    Em Moçambique quase metade da população é analfabeta

    758 milhões de adultos no mundo não sabem ler ou escrever. Os dados são divulgados pela UNESCO, quando se celebra o Dia Internacional da Alfabetização.

    Moçambique possui mais de oito milhões da população que não sabem ler, escrever e fazer cálculo, dos quais cinco milhões são adolescentes e jovens dos 15 aos 19 anos de idade, e outros três milhões são idosos principalmente as mulheres.

    O índice do analfabetismo em Moçambique situa-se actualmente em 44,9 por cento. Os dados foram revelados nesta quinta-feira (08.09.) pela directora Nacional do Ensino Primário, Gina Guibunda, por ocasião do Dia Internacional de Alfabetização.

    Ela explicou que em cada 100 pessoas somente 55 sabem ler, escrever e fazer cálculo, o que impõe grandes desafios ao país de reduzir até 30 por cento em 2020.

    Gina Guibunda lembra que “há quarenta anos Moçambique luta contra o analfabetismo. A faixa etária que possui maior número de pessoas que não sabem ler, escrever e fazer cálculo é dos adolescentes e jovens dos 15 aos 19 anos de idade”.

    E a directora sublinha: “Isto significa que as escolas primárias têm uma especial responsabilidade de manter os alunos na escola, como também de reter os alunos matriculados anualmente no ensino primário até que concluam a sétima classe.”

    Adultos já sentem mais valias da alfabetização

    E por considerar que as pessoas aprendem melhor nas línguas que já falam, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano está empenhado em reforçar também a alfabetização em línguas moçambicanas, pois elas veiculam não só a cultura, mas também valorizam os conhecimentos e experiências adquiridos ao longo da vida e consolidam a identidade.

    Tembo Daimone Melo, um dos alfabetizados de 44 anos de idade, em Chimoio, província central de Manica, conta que já sabe ler, escrever e fazer cálculo, o que há 42 anos atrás não sabia: “Agradeço aos mentores do programa de Alfabetização e Educação de Adultos, porque foi através dele que eu aprendi a expressar-me em língua portuguesa e movimentar dinheiro”.

    Emília António Dausse tem 42 anos de idade e também conta as mais válias que o ensino de adultos trouxe para a sua vida: “Antes de entrar no ensino não sabia ler, escrever e nem fazer fazer cálculos, mas agora já sei. Sofria tanto no mercado em relação aos trocos. Não conseguia movimentar somas avultadas. Agora até já sei depositar e levantar valores no banco, isso é positivo para mim”.

    O Dia Internacional da Alfabetização e Educação de Adultos foi celebrado sob o lema “50 anos de Alfabetização no Mundo; ler o passado para escrever o futuro”. Em Manica, as cerimónias provinciais tiveram lugar no distrito de Macate.

    A UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, tem celebrado a alfabetização como uma forma de empoderamento das mulheres, homens e para a sociedade como um todo. (DW)

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