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    Diáspora angolana cresce e integra-se na América

    A região da Nova Inglaterra, no nordeste dos Estados Unidos, acolhe a maior comunidade de imigrantes dos países de língua portuguesa.

    Portugueses, cabo-verdianos e brasileiros têm uma forte presença nos Estados de Massachusets e Rhode Island nos mais diversos sectores, mas uma nova comunidade começar a ganhar o seu espaço.

    Luanda é nome de um restaurante que sugere a presença de angolanos na região e é, de facto, um centro da convergência dos filhos da terra das palancas negras, mas também de outras nacionalidades.

    Não há dados oficiais de quanto são, mas, ao contrário de outras nacionalidades, a maioria dos angolanos está legalizada e a sua presença é visível nos sectores da construção, do mundo empresarial e, principalmente, na saúde.

    Eduardo Gonçalves, vice-presidente da Associação Angolana de Massachusets, garante que “a comunidade está integrada principalmente porque a maioria encontra-se legalizada, o que facilita esse mesmo processo de integração”.

    Há algum tempo, houve um onda de regresso a Angola, mas agora, com a crise no país de origem, “mutios desejam voltar à terra, mas, ao analisar melhor, pensam nos filhos, na família e decidem ficar cá”.

    Mas há aqueles que regressarão e que vieram aos Estados Unidos para se formar e apreender do melhor que este país oferece.

    Keila Graça é estudante e trabalha, mas tem clara a ideia de que “no dia a seguir ao fim da sua formação” em Relações Internacionais, regressa a Angola.

    “Este é um país de muitas aventuras e oportunidades, no entanto, vim com a ideia de aproveitar o melhor que os Estados Unidos oferecem, a educação, e regressar”, garante Keila, reconhecendo que muitos jovens pensam como ela.

    “Mas é uma decisão difícil porque aqui é um país organizado, com disciplina, em que tudo funciona”, assegura.

    As redes sociais têm desempenhado um papel importante para “matar a saudade” e estar em contacto com Angola, mas a gastronomia e a música ocupam também um lugar importante, porque mais presentes.

    E aqui entra o restaurante Luanda, um centro de encontro dos angolanos, mas também de outros imigrantes, principalmente cabo-verdianos.

    Aliás, muitos angolanos são descendentes de cabo-verdianos, como Amélia Gonçalves, proprietária do Luanda, que tem sempre presente três pratos angolanos na ementa diária, “como muamba de galinha, funje de carnes grelhadas e o mufete”

    A pujança da comunidade angolna chega também à comunicação, com um programa de rádio, de nome Muxima, da responsabilidade de Pedro Quissanga.

    “Falamos de cultura, temos notícias e tratamos também a questão da integração de modo a ajudar a comunidade”, explica Quissanga, cujo programa está presente na internet mas também em rádios de Boston e de Brockton.

    Acompanhe o quarto capítulo da série Diáspora na América, aqui:

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