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    Dezassete pessoas morreram em menos de um mês nas zonas de garimpo no Chipindo

    Está a aumentar o número de pessoas que perdem a vida na exploração ilegal de recursos naturais, com destaque para os diamantes e ouro, recorrendo à praticas artesanais e sem o mínimo de segurança.

    Segundo OPAÍS, no município do Chipindo, província da Huíla, em menos de 30 dias, 17 pessoas morreram em consequência do desmoronamento de terras em algumas minas de ouro abertas clandestinamente. O director nacional dos Recursos Naturais, André Buta Neto, manifestou-se preocupado com este facto, sendo as vítimas jovens em idade produtiva em algumas províncias do país, com maior incidência na Huíla.

    André Buta Neto, que na última Sexta-feira visitou o município de Chipindo, integrando uma comitiva encabeçada pelo secretário de Estado dos Recurso Minerais e Petróleos, defendeu a necessidade de se encontrar políticas da parte dos governos locais tendentes à exploração por empresas licenciadas e com capacidade técnica para o efeito.

    O responsável, que falava à margem de um workshopo sobre os recursos mineirais decorrido Sábado na cidade do Huambo, afirmou que se trata de uma actividade ilegal que deve merecer toda a atenção do Estado. “Nós consideramos minas quando é uma actividade oficialmente estabelecida.

    Quando é uma actividade como o garimpo não se pode chamar mina. Mas tomamos conhecimento do acidente ocorrido neste município”, disse. Por outro lado, André Buta Neto informou que a actividade de prospecção não é da responsabilidade do Governo, mas sim de empresas privadas, sendo que o Estado se encarrega apenas da legalização destas empresas.

    Para se acabar com a exploração ilegal destes minérios, acrescentou o director nacional dos Recursos Minerais, é necessário fazer-se o investimento virado para o levantamento da quantidade de ouro existente no município do Chipindo. “A área é conhecida como tendo evidência da existência de ouro, o que nós temos que fazer é, em função da área, fazer-se uma avaliação se a quantidade ou os índices mineiros justificam a implementação de um projecto industrial”, revelou.

    André Buta Neto acrescentou que o ministério que representa está aberto para o licenciamento das empresas que demonstrem capacidade para a exploração do ouro no município do Chipindo. O município está localizado a 456 quilómetros da cidade do Lubango, capital da província da Huíla, e possui uma população estimada em 33 mil habitantes, que se dedicam maioritariamente à agricultura.

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