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    Declarantes da “Burla Tailandesa” podem depor terça-feira

    O Tribunal Supremo (TS) poderá iniciar nesta terça-feira a ouvir os declarantes arrolados no caso “Burla Tailandesa”, num total de 38 pessoas, 32 dias depois do início deste mediático julgamento.

    Segundo explica Angop, essa possibilidade está dependente da criação de condições pelo Tribunal para ouvir, naquela que será a 17ª sessão de audição, o último dos dez réus da tentativa de defraudar o Estado angolano em USD 50 mil milhões.

    À semelhança de outros réus, o tailandês Theera Buapeng devia ter sido ouvido na 1ª Câmara Criminal do TS até a semana passada, o que não aconteceu porque o arguido apenas fala língua a tailandesa.

    Essa situação “arrastou-se” pelo facto do TS não ter um tradutor/interprete dessa língua.

    Na quinta-feira (14), o porta-voz do julgamento, Lourenço José, assegurou que um tradutor/intérprete da língua tailandesa viria da África do Sul a propósito, o que até ao momento ainda não foi confirmado.

    Na fase de instrução preparatória do processo, as alegações de Theera Buapeng foram traduzidas por uma co-ré (Monthita Pribwai), situação que o Supremo quer evitar durante a produção de provas materiais.

    Caso o tradutor/intérprete ainda não tenha chegado a Luanda, o julgamento poderá prosseguir nessa terça-feira com os 38 declarantes arrolados no caso.

    Destaque recai ao ex-Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), Geraldo Sachipengo Nunda, arrolado em virtude de presidir por inerência de funções, a data dos factos, a Mesa da Assembleia-geral da cooperativa afecta às FAA, Ondjango Yetu, subscritora do contrato com os tailandeses.

    Depois de ser constituído arguido, Geraldo Sachipengo Nunda passou a declarante durante a fase de instrução contraditória (expediente penal utilizado para aferir o grau de culpabilidade dos acusados, antes do julgamento).

    Arrolado ao processo está também o presidente do Conselho de Administração do Banco de Negócios Internacionais (BNI), Mário Palhares.

    É neste banco que os tailandeses abriram, a custo zero, uma conta para posteriormente transfeririam o valor em USD 50 mil milhões, para alegadamente investir em Angola.

    Atribui-se ainda ao BNI a responsabilidade de ter que declarar em tribunal uma correspondência que recebeu do banco central filipino que nega a prova de fundo e a autenticidade do cheque de 50 mil milhões de USD, dos tailandeses.

    O processo com o registo 001/18 envolve quatrro angolanos, igual número de tailandeses, um canadiano e outro etíope, acusados, todos pelo Ministério Público (MP) de associação de malfeitores, falsificação de documentos, burla por defraudação e branqueamento de capitais.

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