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    Das mensagens de WhatsApp aos testemunhos. O que levou à detenção de Bruno de Carvalho e de Mustafá?

    O Ministério Público ordenou a detenção de Bruno de Carvalho, depois de ter consolidado as suspeitas de que o ex-presidente do Sporting terá estado por trás do ataque aos jogadores da equipa sénio de futebol no clube, na Academia de Alcochete, a 15 de maio.

    As suspeitas terão sido cimentadas, escrevem o Jornal de Notícias e o Correio da Manhã, com o cruzamento de testemunhos e de registos de mensagens enviadas através da aplicação telefónica WhatsApp, que provam que a ordem do ataque terá sido dada por Bruno de Carvalho.

    As mensagem analisadas pelo Ministério Público, alegadamente enviadas aos executantes do ataque que foram detidos, confirmam que o objetivo da ação era mesmo usar violência (como fica expresso em frases como “nunca mais se levantam” ou “chegar, carregar no treino e acabou, invadimos aquilo”.

    Quando foi interrogado, o então oficial de ligação do Sporting aos adeptos, Bruno Jacinto, afirmou que o líder da Juventude Leonina, Nuno Mendes (ou Mustafá, como é conhecido) lhe dissera que havia recebido ‘luz verde’ de Bruno de Carvalho para o ataque à Academia em Alcochete.

    Cinco dias após as agressões aos jogadores e à equipa técnica, Bruno de Carvalho anunciou publicamente que retirava o apoio à Juve Leo mas, de acordo com Bruno Jacinto, tudo não passou de uma encenação – Bruno de Carvalho terá, inclusivamente, ligado a Mustafá, na presença de Bruno Jacinto, e garantido que o corte de relação com a claque era encenado, como ficara combinado antes do ataque.

    A combinação terá acontecido a 13 de maio, o domingo que antecedeu o ataque, quando o Sporting perdeu frente ao Marítimo. Segundo o Correio da Manhã, Rui Caeiro, na altura vice-presidente do Sporting, escutou um telefonema de 30 minutos entre Bruno de Carvalho e outro dirigente da claque leonina, Fernando Mendes (que se encontra, atualmente, em prisão preventiva), a quem o presidente do clube terá dito: “Caiam em cima deles”.

    Estes testemunhos vieram reforçar as suspeitas levantadas pelos indícios deixados pela análise aos telemóveis dos 38 atacantes detidos, que estava em prisão preventiva e levaram o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) a dar, este domingo, a ordem de detenção do ex-presidente leonino e do chefe máximo da claque.

    Bruno de Carvalho e Nuno Mendes estão indiciados pelos crimes de terrorismo, ofensas e sequestro. Devem ser ouvidos esta segunda-feira no Tribunal do Barreiro, local onde, até ao momento, foram ouvidos todos os envolvidos no ataque à Academia de Alcochete.

    O ex-presidente do Sporting foi detido em casa, tendo a Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendido telemóveis e computadores pessoais.

    Já nas buscas à sede da Juventude Leonina, no Estádio de Alvalade, a GNR apreendeu cerca de 200 gramas de cocaína, pelo que Nuno Mendes poderá também ser indiciado pelo crime de tráfico de droga. (Renascença)

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