É a crise no seio do Conselho de Cooperação do Golfo. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Barém chamaram os respetivos embaixadores no Qatar.
Os três membros do Conselho acusam Doha de apoiar ativamente os movimentos islamitas, nomeadamente a Irmandade Muçulmana, o que consideram uma ingerência nos assuntos internos dos diferentes países.
Criado em 1981, o Conselho de Cooperação do Golfo reúne seis petromonarquias da região – Barém, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (que reúnem sete emirados: Dubai, mas também Abu Dhabi, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah) – decididas a fazer frente à república islâmica do Irão.
“Neste dossiê onde as tensões não datam de ontem, a condenação, há dois dias, aqui, no Dubai, a sete anos de prisão do cidadão catari Ahmoud Abdel Rahmane al-Jidah, por um tribunal dos Emirados Árabes Unidos, não veio ajudar em nada. Esta fratura entre Doha e os vizinhos do Golfo pode bem marcar o princípio do fim da aliança das nações pró-ocidentais que tinha visto a luz do dia nos anos 80”, explica o correspondente da euronews no Dubai, François Chignac.
De Doha, chegam as explicações de Maha Barada, a correspondente da euronews no Qatar: “A resposta oficial aqui, em Doha, foi a ‘surpresa’. Em comunicado, o Qatar vez saber que não vai chamar os seus embaixadores, acrescentando que continua empenhado na ‘segurança e na estabilidade’ do Conselho de Cooperação do Golfo. Todos os olhos estão agora postos no Kuwait, igualmente membro do Conselho, de onde se espera a reação do jovem emir”. (euronews.com)