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    Crise em Bissau: CPLP contra a CEDEAO e ONU apanhada no meio

    Na Guiné-Bissau todas as atenções estão voltadas para a reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada para debater a situação no país.
    A mediação da crise pela CEDEAO foi comprometida pela sua decisão de não insistir no retorno à ordem constitucional vigente pré-golpe e de remetar para a Assembleia Nacional a busca de uma solução para a crise.
    Na sua reunião deste fim-de-semana, a CPLP distanciou-se daquela postura e pediu ao Conselho de Segurança da ONU sanções contra os responsáveis pelo golpe de Estado e os civis que os apoiam, denunciando qualquer solução que desrespeite a Constituição guineense.
    Segunda-feira, em conferência de imprensa, o partido no poder, PAIGC saudou a posição da CPLP e exigiu que “Conselho de Segurança das Nações Unidas reafirme as posições (…) segundo as quais se exigia a libertação incondicional das pessoas detidas, a conclusão do processo eleitoral e sobretudo a necessidade do envio de uma força de estabilização para a Guiné-Bissau para se evitar a recorrência frequente do fenómeno de golpes de Estado”.
    Mas uma nota do UNIOGBIS, escritório da ONU em Bissau, ao indicar que os 15 membros do Conselho serão informados sobre os últimos desenvolvimentos no país, dá conta de uma proposta de abordagem que fica aquém do solicitado pela CPLP e pelo PAIGC.

    No relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que o Conselho vai apreciar, lê-se que “a resposta à crise deve ser progressiva e moderada, começando pelo diálogo e uma mediação aberta a todos, acompanhado por sanções selectivas, se for necessário, para garantir o regresso rápido e pacifico a um governo civil”.
    Nota, ainda, “a esperança da comunidade internacional, no seu todo, de ver o país retornar à ordem constitucional e retomar as reformas críticas”.

    O secretário-geral das Nações Unidas destaca também a necessidade urgente de resolver a questão do narcotráfico, uma vez que os líderes políticos e militares acusam-se mutuamente de envolvimento no tráfico de droga, ao mesmo tempo, Ban Ki-moon precisa que qualquer solução para a instabilidade no pais deveria incluir medidas para combater a impunidade e assegurar que todos os responsáveis pelos assassinatos políticos – em particular os de 2009, com o assassinato do Presidente Nino Vieira – sejam julgados.

    Ouça aqui: Conselho de Segurança debate situação

    FONTE: Voa

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