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    Cortes em embaixada reduzem influência dos EUA em Cuba, diz relatório

    A capacidade dos Estados Unidos para monitorar Cuba, defender direitos humanos, realizar actividades consulares e cumprir acordos bilaterais está sendo minada por uma redução de pessoal drástica na embaixada em Havana, de acordo com um relatório do Congresso.

    O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, que recuou em parte na reaproximação com Cuba, diminuiu consideravelmente o funcionalismo em Havana e expulsou 15 diplomatas cubanos.

    O documento do apartidário Serviço de Pesquisa Congressual (CRS) afirma que a decisão de cortar mais de 50 diplomatas para um máximo de 18 – devido a uma doença misteriosa que afectou 26 funcionários e familiares – sobrecarregou os que continuam em seus cargos.

    “Por causa da redução na equipe dos EUA, autoridades dos EUA afirmam que estes funcionários muitas vezes assumem dois ou três papéis em termos de responsabilidades”, disse o relatório emitido a pedido de Eliot Engel, deputado de Nova York que é o democrata mais graduado do Comité de Assuntos Externos da Câmara dos Deputados.

    Embora vistos diplomáticos e humanitários estejam sendo concedidos, os norte-americanos em Cuba só podem contar com serviços de emergência, alertou o documento.

    O envolvimento com a sociedade civil e activistas de direitos humanos também foi reduzido agora que a ilha passa por uma transição com uma nova geração de líderes políticos, o acesso à internet se espalha e uma Constituição reformulada está a caminho de ser submetida a um referendo.

    Neste mês o Departamento de Estado dos EUA anunciou que os poucos funcionários remanescentes só serão mantidos por um ano ou dois, “dificultando a continuidade das operações e a familiaridade de se trabalhar em Cuba”, afirmou o relatório.

    A embaixada norte-americana em Havana não estava disponível de imediato para comentar o relatório.

    Nem um único visto de refugiado foi emitido até agora neste ano, já que o escritório de processamento está fechado, segundo o relatório. Concedidos com frequência a opositores do governo que alegavam perseguição, 177 vistos deste tipo foram liberados em 2017.

    Um acordo de 1994 para aceitar 20 mil imigrantes cubanos anualmente tampouco será cumprido em 2018, segundo o documento, em parte porque os requerentes têm que viajar à Guiana para entrevistas.

    O governo Trump insiste que a actual directriz será mantida até o mistério dos problemas de saúde dos funcionários diplomáticos, aos quais se refere muitas vezes como “ataques”, ser resolvido. (Reuters)

    por Marc Frank

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