O Conselho Superior de Defesa Nacional da Guiné-Bissau reuniu-se hoje em Bissau para analisar “a situação de segurança” do país, disse o ministro da Defesa, que prometeu para breve declarações de Pansau N´Tchama.
Pansau N´Tchama é o alegado responsável pelo ataque a um quartel de Bissau no passado dia 21, do qual resultaram seis mortes. Está desde sábado detido no Estado-Maior General das Forças Armadas.
Celestino de Carvalho, ministro da Defesa, falava aos jornalistas após a reunião do Conselho, um órgão de consulta do Presidente da República, sem adiantar muitos pormenores, salientando que esta foi a reunião mais curta das três até agora realizadas.
De acordo com o ministro, foi analisada “a situação de segurança do país, tendo em conta os últimos acontecimentos” e debatida a detenção de Pansau N´Tchama e as declarações que proferiu.
Questionado sobre se os jornalistas teriam acesso a declarações de Pansau N´Tchama, o ministro garantiu que o detido se irá pronunciar “por via da Justiça” e que os jornalistas em breve “podem ser convocados para presenciar as declarações”.
Um grupo que terá sido comandando por Pansau N´Tchama tentou assaltar no dia 21 o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das Forças Armadas da Guiné-Bissau. O militar pôs-se em fuga mas foi detido no passado fim de semana.
O Governo de transição da Guiné-Bissau tem acusado a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e Portugal de estarem implicados no caso, e tem insistido para que Portugal dê explicações, já que Pansau N´Tchama vivia em Portugal, onde teria pedido asilo político.
O Governo português respondeu que nunca foi dado asilo político a Pansau N´Tchama.
FONTE: Lusa