O intercâmbio comercial entre Angola e o Brasil foi de apenas 680 milhões de dólares em 2015, contra 2.400 milhões registados no ano anterior.
O dado consta do Relatório da Comissão das Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil, que, na quinta-feira última, apreciou a indicação de Paulino Franco de Carvalho Neto para exercer o cargo de embaixador do Brasil em Angola.
De acordo com o documento, a que a Angop teve acesso em Brasília, a redução é “parcialmente” explicada pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e a consequente crise económica no país africano.
A mesma fonte dá conta de que, entre 2002 e 2008, a corrente de comércio bilateral cresceu mais de 20 vezes.
Em 2009, as importações brasileiras de petróleo angolano caíram 94 porcento, e o fluxo comercial baixou para 1.470 milhões de dólares, destaca.
O documento acrescenta que, nos quatro anos seguintes, esses montantes situaram-se em 1.440 milhões, 1.510 milhões, 1.200 milhões e 2.000 milhões, respectivamente em 2010, 2011, 2012 e 2013.
Quanto ao momento actual que Angola vive, a comissão considera que, conquistada a paz, em 2002, Angola encontra-se em dinâmico processo de reconstrução nacional, buscando a revitalização da sua economia e o desenvolvimento social.
Com a exposição às oscilações dos preços internacionais do petróleo, o governo angolano envida esforços no sentido da diversificação económica, assinala o documento.
Angola é sexto parceiro comercial do Brasil em África, atrás de Nigéria, Argélia, Egipto, África do Sul e Marrocos.
Embora o Brasil seja o nono maior parceiro comercial de Angola (5º maior exportador e 11º maior importador), a sua participação no comércio exterior do país africano ainda é modesta, realça a fonte.
As importações brasileiras correspondem a apenas 1,7 porcento das exportações angolanas, enquanto as exportações brasileiras a apenas 4,8 porcento das importações de Angola, conclui. (Angop)