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    Cidadãos procuram alternativa à falta de dinheiro nos ATM: Fartos das filas nos multicaixas angolanos pagam para levantar dinheiro

    Fartos de esperar junto aos poucos multicaixas que têm dinheiro durante os fins-de-semana um pouco por toda a cidade de Luanda, muitos clientes bancários acabam por recorrer ao levantamento de dinheiro em cantinas, bombas de combustível e vendedores das praças, onde na maior parte das vezes lhes é cobrada uma percentagem elevada pelo valor levantado.

    Segundo apurou o Expansão, os donos das cantinas e os funcionários dos postos de abastecimento cobram 10%, enquanto nas praças cobram 5%.

    Isto acontece porque a economia angolana é muito informal e na maior parte das vezes as famílias acabam por fazer as suas compras nos mercados, com dinheiro na mão, o que as obriga a procurar multicaixas com dinheiro, o que nem sempre é fácil de encontrar.

    Cristina Santos, por exemplo, admite que vai várias vezes à cantina na sua rua para levantar dinheiro, com a consciência de que vai perder algum valor, já que o dono do estabelecimento faz desta prática uma forma de ganhar dinheiro em troca de um serviço. “Preciso de dinheiro em mãos para pagar às senhoras que vendem produtos nas esquinas”, disse.

    Mas esta funcionária pública disse que se socorre desta alternativa devido às poucas máquinas automáticas operacionais disponíveis, o que vai provocando longas filas de pessoas para se ter acesso a dinheiro.

    Mas ela não é a única. Hermenegildo Lourenço também recorre com muita frequência às cantinas da sua zona para realizar “levantamentos” e pagar a tal taxa de 10% fixada livremente pelos proprietários das máquinas automáticas. Sabe que por cada dez mil Kz que levanta, tem que deixar mil.

    “O nosso mercado ainda é muito informal”, salienta ao concretizar que ele mesmo vai solicitando aos donos das cantinas determinados valores. “Eles não publicitam, nós os clientes é que nos oferecemos porque precisamos”, admite.

    E esta posição foi também assumida por Henrique, um funcionário de uma cantina situada na Ingombota. Ele disse que o proprietário da cantina decidiu ter TPA para facilitar os pagamentos aos seus clientes, mas devido a solicitações dos clientes, passou também a “fornecer este serviço”.

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