O ministro português das Finanças é apontado como favorito à presidência do Eurogrupo. Centeno conta com o apoio de Berlim e Paris.
Mário Centeno é candidato à liderança do Eurogrupo. O ministro das finanças de Portugal confirmou na manhã desta quinta-feira a candidatura à presidência de um grupo informal dotado de grande poder, como o país sentiu nos anos da “troika”.
Além de Mário Centeno, concorrem à chefia do Eurogrupo, pelo menos, os homólogos da Letónia, Dana Reizniece-Ozola, e da Eslováquia, Peter Kazimír. A lista completa dos candidatos será conhecida esta sexta-feira. A eleição está marcada para segunda-feira, dia 4 de dezembro.
O vencedor vai substituir o trabalhista holandês, Jeroen Dijsselbloem. O Financial Times dá o favoritismo a Mário Centeno. De acordo com o diário económico, o primeiro-ministro português, António Costa, reuniu-se com os homólogos italiano, Paolo Gentiloni, e alemão, Angela Merkel, e com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, em Abidjan, na Costa de Marfim, à margem da cimeira UE-África. O quarteto terá tido em cima da mesa dois nomes, Centeno e o homólogo transalpino, Pier Carlo Padoan. O português foi o escolhido e contará com o apoio dos ministros pertencentes ao Partido Socialista Europeu (PSE) e ao Partido Popular Europeu (PPE). As candidaturas eslovaca e letã são as únicas que destoam uma vez que os governos da Eslováquia e da Letónia inscrevem-se no PSE e no PPE, respetivamente.
O apoio de Angela Merkel a Centeno terá sido fundamental. Afinal foi o ex-ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaüble, quem um dia apelidou o português de “Ronaldo do Eurogrupo”. (Euronews)