A Sociedade Mineira do Catoca facturou em 2011 mais de 600 milhões de dólares na comercialização de 6,7 milhões de quilates de diamantes, representando 87 por cento do volume de vendas.
Segundo o relatório anual da instituição, em 2010 a facturação atingiu 527 milhões de dólares com a venda de 6,8 milhões de quilates, representando 86 por cento do volume de transacções.
No quadro do seu programa denominado “Visão 2020”, a empresa de exploração mineira investiu 54 milhões de dólares em equipamentos. O documento indica ainda que o programa prevê o incremento de várias acções, nomeadamente, o sistema integrado de gestão para o meio ambiente, a saúde ocupacional e segurança no trabalho e a avaliação de desempenho e produtividade dos recursos humanos.
Além disso, a Sociedade Mineira de Catoca pode dar sequência à execução de projectos de exploração Quitubia, Gambo, Tchiafua, Vulege e Luanguee, na província do Lunda-Norte.
Em contrapartida, o projecto Luaxe foi interrompido, devido à existência de minas terrestres que se encontram em processo de retirada, lê-se no documento. A Sociedade Mineira de Catoca, que ocupa uma área de 639 mil metros quadrados, é constituída por uma estrutura geológica complexa e o seu corpo mineralizado subdivide-se em Quimberlitos Porfíricos, Quimberlitos Tufísticos e Brechas Quimberlíticas Autolíticas.
O conjunto de estudos geológicos realizados no Catoca, até à profundidade de 600 metros, demonstra um potencial de 271 milhões de toneladas de minério e 189 milhões de quilates a serem recuperados, correspondentes a uma facturação aproximada de 11mil milhões de dólares até 40 anos.
O projecto Catoca conta com uma força de trabalho de 2.900 angolanos e 300 estrangeiros, perfazendo um total de 3.200 trabalhadores. Catoca pode ser considerado um exemplo a seguir, no que se refere à angolanização da sua força de trabalho, na medida em que emprega maioritariamente trabalhadores nacionais, tal como a quase totalidade dos seus líderes.
A Sociedade Mineira de Catoca é uma empresa angolana de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes, tendo como accionistas a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), a brasileira Odebrecht Mining Services, a sociedade diamantífera russa Almazzi Rossi-Sakha (Alrosa) e a Daumonty Financing Company. Está a expandir-se para outras províncias para além da Lunda-Norte, onde está implantada.
Fonte: JA