Domingo, Maio 12, 2024
14.5 C
Lisboa
More

    Casos de tortura vão a instâncias internacionais

    As marcas da tortura (REUTERS)
    As marcas da tortura (REUTERS)

    Diversas organizações da sociedade civil angolana prometem levar caso de tortura nas cadeias de Luanda às instâncias internacionais.

    Esta e outras decisões saíram do encontro entre várias ONGs de defesa de direitos de cidadãos, a propósito da exibição nas redes sociais de um vídeo que mostra guardas prisionais, agentes da polícia e elementos do exército a espancarem brutalmente presos na cadeia central de Luanda.

    Lúcia da Silveira da Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD) assegurou que este e outros casos de tortura nas cadeias vão ser levados as instâncias internacionais, para que o governo angolano seja responsabilizado.

    “Vamos tomar as acções possíveis de nossa parte para condenar publicamente e levar estas questões às instâncias internacionais com as quais nos relacionamos e fazer a condenação pública desta atitude,” disse

    A porta-voz da AJPD garante  o caso deste vídeo não é único e que existem muitos outros em indivíduos foram torturados nas cadeias e esquadras da polícia que não são publicados.

    “Existem outros casos que não vieram a público,”  disse Lúcia da Silveira  que recordou o caso de um homem “espancado até à morte numa esquadra da policia”,  e  um outro em que “seis jovens que eram guardas da Maboque foram torturados e arrancadas as unhas na esquadra policial”.

    “Isto é uma situação extremamente grave que demonstra que não são casos isolados,” disse

    “Angola nunca ratificou o protocolo contra tortura e principalmente não respeita nenhuma forma as directrizes da “Robert Nile” que é um documento contra a tortura,” acrescentou.

    Pela “Open Society que organizou o encontro, Elias Isaac acredita que o governo angolano não consegue viver sem o espectro da violência.

    ‘E uma questão sistémica de governação, esta governação alimenta-se e é sustentado pelo vício da violência,” disse.

    Outra ONG, a FORDU-Forum Regional para o Desenvolvimento Universitário defende a realização de manifestações, para forçar que o estado de direito seja uma realidade em Angola.

    “Se os tribunais não funcionam devemos fazer manifestações públicas para que o estado sinta que o povo tem meios para impor o estado de direito, incluindo a demissão do próprio governo,” disse. (voaportugues.com)

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Suíça vence festival de música Eurovision

    A Suíça ganhou na madrugada deste domingo (12, noite de sábado no Brasil), com a canção “The Code” de...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema