Antigo jogador voltou a negar contrapartidas por apoio em 2009.
Luís Figo negou ontem que o contrato de 750 mil euros que assinou com o Taguspark tenha sido uma contrapartida pelo apoio público a José Sócrates nas eleições legislativas de 2009. Questionado pelo procurador Luís Eloy sobre “relações perigosas” entre os dois factos, Luís Figo respondeu como testemunha, e em videoconferência a partir de Itália, que não lhe cabe pensar se há ou não “coincidência” e garantiu que o apoio a Sócrates foi como “cidadão”.
O ex-futebolista explicou que também tinha interesse em conversar com Sócrates para saber o que “ia acontecer” ao BPN, onde era credor, e ao BPP, de que era cliente.Quanto às negociações para a cedência de imagem à Taguspark, revelou que o encontro com o arguido Rui Pedro Soares ocorreu em Milão e que “não falou de política”.
O presidente-executivo da PT, Zeinal Bava, também testemunhou ontem no Processo Taguspark e disse que só teve conhecimento das dúvidas sobre as contrapartidas dadas a Luís Figo pelas notícias. Bava recordou que Rui Pedro Soares integrou a comissão executiva da PT em 2006, mas sublinhou que “cada membro” daquela comissão tinha a sua “especialização” e na PT os administradores “não se andam a controlar uns aos outros”. Henrique Granadeiro, presidente do conselho de administração da PT também disse no Tribunal de Oeiras que considerava “pouco verosímil” um “personagem” como Figo “vender-se de forma tão primária”. Ler mais
(ionline.pt)