A polémica que envolve David Petraeus, general norte-americano e ex-director da CIA, pode ir mais longe do que se pensava. O general John Allen, comandante norte-americano das forças da NATO no Afeganistão, também está a ser investigado.
Paula Brodwell a desportista e carismática agente da CIA que se envolveu num caso amoroso com o Petreus, a quem escrevia a biografia, abriu a porta de casa, na Carolina do Norte, para recolha dos computadores pesoais e documentos pelo FBI.
Quando Petreus se demitiu da direção da CIA, na sexta-feira, admitiu a relação com a amante e demonstrou ter remorsos.
O general vai ter de testemunhar antes do encerramento do inquérito, à porta-fechada – sobre o ataque de 11 de setembro ao consulado norte-americano de Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador e outros três americanos.
O cerne da questão é saber se Broadwell, que escreveu a biografia autorizada do general de quatro estrelas na reserva, obteve informação classificada através dele e se a relação íntima representou uma ameaça para asegurança nacional.
A amante não foi vista desde a renúncia de Petraeus e de todo este escândalo. Mas o caso chegou à praça pública quando uma segunda mulher, Jill Kelly, pediu ajuda ao FBI depois de receber e-mails com ameaças de Broadwell, que a acusava de “seduzir” Petraeus.
A CIA negou as acusações da amante e biógrafa sobre a detenção ilegal de líbios nas instalações consulares de Benghazi, no momento do ataque, com conhecimento de Petraeus.
Tudo isto acontecu apenas dois meses antes da batalha eleitoral do Presdiente Obama e a queda de Petraeus dá-se três dias depois da reeleição.
Sugerindo a existência de uma conspiração, os republicanos salientam que o ex-diretor da CIA deve ser ouvido sobre o caso na Câmara dos Representantes. Petraeus foi substituído temporariamente por Mike Morrell, que irá depor no lugar do ex-chefe, quinta-feira, na comissão que investiga erros da gestão americana no atentado de Benghazi.
Fonte: EN