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    Capitão do barco que naufragou com 800 imigrantes é indiciado por homicídio

    O capitão e um membro da tripulação foram indiciados por homicídio múltiplo, após naufrágio que matou 800 imigrantes (REUTERS/Alessandro Bianchi)
    O capitão e um membro da tripulação foram indiciados por homicídio múltiplo, após naufrágio que matou 800 imigrantes
    (REUTERS/Alessandro Bianchi)

    O capitão do barco que naufragou no último domingo (19), matando 800 imigrantes na costa da Líbia, foi considerado nesta terça-feira (21) pela justiça italiana responsável pelo drama. Apenas 28 pessoas sobreviveram ao naufrágio que se transformou na pior tragédia com clandestinos no Mar Mediterrâneo.

    O capitão do barco, Mohammed Ali Malek, é um tunisino de 27 anos. Ele foi detido assim que desembarcou no porto de Catânia, na Sicília, juntamente com os outros sobreviventes, após ter sido resgatado pela guarda costeira italiana. Ele foi indiciado por homicídio múltiplo, assim como um tripulante sírio. Os dois supostos traficantes de seres humanos, responsáveis pela viagem, também foram detidos, mas ainda não foram indiciados.

    A catástrofe teve duas causas principais. Segundo a promotoria, o comandante sobrecarregou a embarcação e não soube manobrar correctamente o barco ao se aproximar de um cargueiro português que veio socorrê-lo.

    Até agora, foram resgatados 24 corpos. O Alto Comissariado da ONU para os refugiados e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), baseados no testemunho dos sobreviventes estimam que 800 imigrantes morreram na tragédia.

    Trancados nos porões do barco

    A promotoria italiana calcula que o barco transportava cerca de 850 pessoas no momento do naufrágio. O fato de numerosos imigrantes, incluindo mulheres e crianças, terem sido trancados nos porões da embarcação explica o pequeno número de corpos recuperados até agora.

    As autoridades italianas farão de tudo para recuperar os destroços do barco, novos corpos e determinar o número exacto de vítimas. Desde domingo, o primeiro-ministro Matteo Renzi já havia feito a promessa de “dar uma sepultura decente” aos mortos na tragédia.

    Desde o início do ano, cerca de 1.750 imigrantes morreram no Mar Mediterrâneo tentando chegar à Europa. Um número 30 vezes maior do que o mesmo período de 2014, informou a OIM. Na próxima quinta-feira, a União Europeia realiza uma cúpula extraordinária sobre imigração. (rfi.fr)

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