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    Camarões: Exército diz ter abatido líder de grupo armado separatista

    Exército camaronês afirma ter eliminado cinco separatistas, incluindo o chefe do grupo que matou sete estudantes numa escola no sudoeste do país em outubro do ano passado. Operação também apreendeu armas e munições.

    Um daqueles separatistas, com a alcunha ‘Above the law”‘ (‘Acima da Lei’), era “o chefe da horda bárbara” responsável pelo ataque a uma escola em Kumba, segundo o comunicado, assinado pelo coronel Cyrille Serge Atonfack Guemo, porta-voz do exército.

    Em 24 de outubro, uma dezena de homens armados, em motos, irromperam no espaço de um complexo escolar em Kumba e dispararam sobre os estudantes.

    A operação do exército, realizada na noite de domingo para segunda-feira, em Balangui, no sudoeste do país, onde existe uma insurreição separatista anglófona, tinha por objetivo “colocar fora de estado de perturbar terroristas armados reunidos para preparar ataques à localidade de Kumba e aos seus arredores”, também conforme o texto dos militares.

    Esta operação saldou-se por um “violento confronto”, durante o qual cinco separatistas foram mortos e outros ficaram feridos. Foram ainda apreendidas armas e munições, ainda de acordo com o comunicado.

    Foto simbólica: Separatistas nos Camarões.
    (DR)

    Ataques
    As escolas são atacadas com frequência, pelos rebeldes anglófonos que as assimilam ao poder central. Em novembro de 2020, a UNICEF revelou que existiam 855 mil crianças não escolarizadas nas regiões anglófonas. Cerca de 90% das escolas primárias públicas, o que significa mais de 4.100 escolas e 77% das escolas secundárias públicas, estavam então fechadas ou não operacionais.

    Nas regiões anglófonas do noroeste e do sudoeste, os grupos armados e as forças de segurança enviadas por Yaoundé mantêm um confronto sem quartel e os dois campos são acusados regularmente de crimes contra civis, tanto por organizações não-governamentais (ONG) como pela Organização das Nações Unidas.

    Os combates no Camarões anglófonos, mas também os abusos e as mortes de civis pelos dois campos, segundo numerosas ONG, causaram mais de três mil mortos e obrigaram mais de 700 mil pessoas a fugir as suas residências desde 2017.

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