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    Cabo Verde: Deportados enfrentam dificuldades na Brava

    A situação complica-se quando o deportado tem perturbações mentais. Muitos têm problemas de uso de drogas.
    A Brava é a segunda ilha que recebe mais cidadãos cabo-verdianos deportados dos Estados Unidos da América, jovens, na maioria, que dificilmente se enquadram.

    Muitos desses jovens partiram de Cabo Verde em tenra idade, por isso enfrentam muitas dificuldades para se inserirem na sociedade, já que praticamente desconhecem a realidade do país.

    Outros enfrentam a barreira da língua para alguns. Não falam nem o português, nem o crioulo.

    Alguns jovens deportados foram recebidos pelos familiares, mas muitos não tiveram esse privilégio, o que faz aumentar a dose de dificuldades de permanência na Brava, ilha pacata e com poucas oportunidades de emprego.

    A situação complica-se mais quando o deportado tem perturbações mentais. Muitos têm problemas de uso de drogas.

    Na cidade Nova Sintra a reportagem da VOA encontrou Djone, que só não está na rua, devido a mão amiga de Maria Fontes “Nhoca” .

    Esta mãe batalhadora afirma que cuida do jovem deportado com coração aberto, como se fosse seu filho, porquanto entende que a solidariedade deve ser estendida a quem precisa.

    Desabafa que não se trata de uma tarefa fácil, mas não se arrepende de ter acolhido Djone em sua casa.

    A entrevistada da VOA diz que ainda existem barreiras e algum preconceito quando se fala de deportados.

    “Vejo que muita gente e inclusive familiares não dão uma mão amiga a esses jovens, que mereciam uma nova oportunidade, apesar de algo que tenham feito e originado a sua deportação”, realça Maria Fontes.

    Sabe-se que alguns deportados recebem apoio financeiro de familiares residentes nos Estados Unidos, mas outros pouco fazem para ajudar.

    Djone, disse “Nhoca”, recebe apenas 100 dólares enviado por uma irmã. Mas ele tem país e outros irmãos que podiam apoiar da melhor forma.

    Ainda assim, a nossa entrevistada destaca com satisfação casos de alguns deportados que souberam desbravar caminhos. Alguns, graças a programas de apoio, conseguiram uma boa inserção na sociedade.

    Reny, por exemplo, disse à VOA que no início sofreu discriminação, situação que criou nele alguma revolta, mas com o andar do tempo acabou por ultrapassar os problemas e levar a vida de forma normal. (Voa)

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