Cerca de 200 funcionários do Banco de Poupança e Crédito (BPC) começam a ser despedidos no dia 31 desde mês, o primeiro grupo dos 1.600 trabalhadores das 18 províncias que serão demitidos nos próximos tempos soube o Novo Jornal junto da Comissão Sindical do BPC.
Estas duas centenas de trabalhadores do maior banco angolano já foram notificados do seu despedimento. “Aos trabalhadores foi exigido , no dia 21, que assinassem as cartas de rescisão de contrato. Há até pessoas com mais de 30 anos de serviço no banco incluídas”, lamentou Carlos Quarenta, primeiro secretário da comissão sindical.
O responsável do sindicato do BPC disse também que a direcção do banco não está aberta a negociação com nenhum funcionário e mostrou-se desagradado com o silêncio do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social(MAPTSS) e das Finanças que não conseguiram, nessa altura, acautelar a situação que considerou “violação de deveres e de direitos”.
“Todo o acto que está a ser feito agora esta a violar o Decreto Presidencial. Porque há uma política que defende a inclusão e o aumento do emprego, mas isso não está a ser levado em consideração, o que é complicado”, realçou, acrescentando que a instituição não deve ir por esse caminho, o do despedimento Conta ainda o sindicalista que todos os trabalhadores estão com os ânimos exaltados e que a comissão sindical está tentar acalmá-los para que não haja desordem, visto que “em todos os balcões do BPC há funcionários tristes e sem moral para trabalhar em função da decisão”.
Carlos Quarenta disse que nesta altura o BPC está com uma capacidade de produção abaixo daquilo que se esperava porque os trabalhadores estão expectantes por não saberem o dia de amanhã.