Os principais índices bolsistas dos EUA fecharam a última sessão da semana a ganhar mais de 1%, sendo esta a primeira subida em seis dias.
O Dow Jones subiu 1,26% para 16.020,20 pontos e o S&P500 ganhou 1,1% para 1.804,92 pontos, ambos a registarem o maior ganho anual desde 2003. Já o Nasdaq avançou 0,73% para 4.062,521 pontos, seguindo com a maior subida desde 2009.
A economia norte-americana criou 203 mil postos de trabalho, um valor mais elevado do que o estimado. A média dos 89 economistas consultados pela Bloomberg apontava para a criação de 185 mil postos de trabalho. Esta evolução levou a que a taxa de desemprego diminuísse para 7% em Novembro, abaixo dos 7,2% previstos pelos economistas contactados pela Bloomberg.
Este dado acabou por ser bem recebido pelos investidores, já que gerou a expectativa de que a economia americana está preparada para um corte de estímulos por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA.
“Parece que o mercado está a ficar mais confortável com um cenário de redução de estímulos”, já que a economia está a dar sinais de estar mais forte, afirmou à Bloomberg o estratega do Bank Wealth Management, Jim Russell. O responsável acrescentou ainda que nos últimos dias, os investidores levaram as acções a caírem, com receios de que fossem anunciados dados económicos positivos. Ou seja, nos últimos cinco dias os investidores já descontaram essa percepção.
A contribuir para a subida dos índices esteve também a divulgação do índice de confianças das famílias. A confiança dos consumidores norte-americanos aumentou mais do que o esperado, em Dezembro, e para máximos de cinco meses, acalmando as preocupações com um eventual fraco consumo no Natal.
A Fed vai reunir-se entre 17 e 18 de Dezembro, sendo que num inquérito realizado a 19 de Novembro pela Bloomberg, 80% dos investidores acreditavam que a autoridade optasse por adiar a decisão sobre o corte de estímulos para a reunião de Março.
Entre as cotadas, destaque para a Intel que está a subir 2,31% para 24,82 dólares, a beneficiar de uma nota de análise divulgada pelo Citigroup que elevou a recomendação para as acções para “comprar”. (jornaldenegocios.pt)
por Sara Antunes