737 da Boeing é histórico e um dos mais vendidos do mundo para viagens de média distância. Mas o envolvimento em dois acidentes mortais num curto espaço de tempo – o mais recente este fim de semana – está a levantar dúvidas sobre a segurança e há países que já proibiram que levantem voo
Segundo escreve o Expresso, o piloto descolara há poucos minutos. Ainda subia quando uma sonda falhou e indicou que o avião estava a perder velocidade e sustentação. O Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS) recebeu os dados e reagiu: apontou o nariz da aeronave para baixo. O avião ganhou velocidade e o automatismo do sistema sobrepôs-se ao piloto. Pouco pôde ser feito. O Lion Air 610 despenhou-se no mar. Isto foi o que aconteceu em outubro do ano passado. Seis meses depois, as primeiras informações que chegam agora do acidente com o voo Ethiopian Airlines, este fim de semana, são muito semelhantes ao que aconteceu na altura. A maior das parecenças? O modelo do avião: um Boeing 737 MAX-8.
“Esta é uma nova versão de um avião histórico. Talvez, a par com o Airbus 320, o avião mais vendido em todo o mundo para distâncias de médio curso”, aponta ao Expresso Jaime Prieto, piloto e ex-presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil. “Este modelo, o MAX 8, apesar de ter a estrutura base e de existirem muitas semelhanças com a versão anterior, vem equipado com novos automatismos, com tecnologia inovadora com o objetivo de salvaguardar a eficiência da aeronave e a segurança da viagem”.