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    Antigo ministro brasileiro enfrenta oposição da associação de funcionários do Banco Mundial

    Antes de ver a sua candidatura aprovada para assumir um cargo em representação de nove países junto da diretoria do Banco Mundial (BM), o antigo ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, enfrenta a oposição da associação de funcionários daquela instituição financeira que pediu ao Comité de Ética que suspenda a nomeção até ser incvestigado por racismo.

    A nota diz que os funcionários do BI estão preocupados com declarações consideradas preconceituosas de Weintraub sobre chineses e minorias e citam o post do antigo ministro no qual colocou um desenho da personagem Cebolinha para ironizar os chineses e responsabilizá-los pela Covid-19 e a última decisão dele de acabar com cotas para minorias em cursos de pós-graduação.

    O texto diz que esta última medida de Abraham Weintraub, já anulada pelo Governo, visava negros, indígenas e pessoas com deficiência e lembra que ele fez declarações públicas contra a proteção do direito de minorias e da promoção de igualdade racial.

    Weintraub foi indicado para o conselho de diretores, que integra representantes do Brasil, Colombia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago, que terão de aprovar o nome dele, embora o Brasil tenha 50 por cento dos votos.

    A associação de funcionários do BM lembra que o antigo ministro está a ser investigado no Brasil, no âmbito do processo contra fake news e sublinha que o fim do racismo na instituição é uma posição moral que foi recentemente tomada e que deve ser reforçada.

    Polémica saída do Brasil

    Depois de protagonizar várias polémicas, entre elas a de chamar “vagabundos” aos juízes do Supremo Tribunal Federal e defender que sejam colocados na cadeia, Abraham Weintraub, que também foi fortemente criticado por associações judaicas no Brasil e nos Estados Unidos, deixou o Governo frente a pressões, inclusive dentro do Executivo, no dia 18 e dois dias depois desembarcou em Miami, nos Estados Unidos, sem que a sua exoneração tivesse sido publicada.

    A publicação aconteceu depois dele chegar aos Estados Unidos.

    Depois e frente à polémica criada, alegadamente por ter usado o cargo de ministro para entrar nos Estados Unidos, e assim contornar a decisão do Governo americano de não permitir a entrada de ninguém que tenha estado no Brasil nos 14 dias anteriores, devido à pandemia da Covid-19, o Presidente Jair Bolsonaro recuou e mudou a data da exoneração.

    Ontem, deputados de seis partidos pediram à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil explicações sobre como o ex-ministro da Educação entrou no país.

    “Pedimos que a Embaixada Americana e o Departamento de Estado dos Estados Unidos clarifiquem as condições em que foi cedida a entrada de Weintraub aos Estados Unidos e em qual status ele permanece no país, tendo em vista que Weintraub não mais representa o governo brasileiro, nem qualquer órgão internacional”, disseram em nota os deputados do PT, PDT, PSB, Rede, PSOL e PCdoB.

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    FonteVoA

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