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    Angola preside reunião da OPEP que tenta restaurar a estabilidade do mercado

    Há quem começa a questionar a permanência de Angola na organização de produtores e exportadores de petróleo

    O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, assegurou na segunda-feira, 4, em Luanda que o Governo continua a trabalhar para ajudar a restaurar a estabilidade e a confiança do mercado de petróleo, a longo prazo, dos consumidores, investidores e da economia global, de modo a dinamizar o sector.

    Diamantino Azevedo discursava, por videoconferência, pela primeira vez nas vestes de presidente em exercício da Organização dos Produtores e Exportadores de Petréoleo (OPEP), na 23° reunião da organização que decorreu em Viena, Áustria.

    Em certos sectores, no entanto, questiona-se a permanência do país na organização, enquanto outros pensam que ela é importante.

    Na sua intervenção, o ministro realçou que as projecções da OPEP para o crescimento da demanda de petróleo bruto em 2021, à volta de 5,9 milhões de barris por dia, são uma reviravolta bem-vinda, tendo em conta a devastação do mercado neste ano que se iniciou uma nova fase importante de ajustes de produção.

    “Estamos fazendo a transição da gestão da crise para o apoio à recuperação global”, sublinhou o presidente em exercício da OPEP.

    Diamantino de Azevedo disse acreditar que, independentemente dos desafios complexos dos países e empresas, “com união tudo é possível”.

    Com uma produção diária a rondar os 1,2 milhões de barris, o Governo de Angola espera, em 2021, aumentar a 1,3 milhões de barris por dia.

    No presente ano, os seus cortes de produção diária devem situar-se à volta do 261 mil barris/dia.

    Entretanto, há quem questione a permanência do país na organização.

    O economista Yuri Quixina considera prejudicial a permanência de Angola na OPEP com o argumento de que o sector petrolífero perde mais do que ganha estando na organização .

    Ele alerta para eventuais sanções dos Estados Unidos da América contra os países da OPEP, incluindo Angola, uma vez que, segundo argumentou, “o Governo americano é contra a existência de cartéis”.

    A tese de Yuri Quixina é, no entantoi, contrariada pelo director do Petroangola, Patrício Wanderley Quingongo, para quem a presença de Angola na OPEP torna-se “indispensável por ser a única forma de se fazer ouvir o nome do país no estrangeiro nesta matéria”.

    Também o economista Galvão Branco entende que a permanência de Angola na organização “traz muitas vantagens para a economia do país”, enquanto minimiza os cortes exigidos pelo cartel considerando-os “inócuos e irrelevantes”.

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    FonteVoA

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