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    Angola busca diálogo construtivo entre membros da CIRGL

    Georges Chikoti - Ministro das Relações Exteriores, no acto de abertura da Reunião do Comitê Interministerial do Grandes Lagos (foto de Lino Guimaraes)
    Georges Chikoti – Ministro das Relações Exteriores, no acto de abertura da Reunião do Comitê Interministerial do Grandes Lagos (foto de Lino Guimaraes)

    O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, declarou nesta quarta-feira, em Luanda, que Angola tem procurado trabalhar para estabelecer um diálogo construtivo entre os estados membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

    Segundo o governante, que falava no acto de abertura da X Reunião Interministerial da CIRGL, isto visa garantir o alcance de uma estratégia comum para a paz, estabilidade e desenvolvimento da região, através do reforço das relações de amizade e cooperação bilateral e regional entre os países membros.

    Georges Chikoti acrescentou que a presidência angolana da organização tem procurado imprimir novo dinamismo na vida da organização, com a realização de reuniões e outras formas de contactos tendentes a materializar os programas e objectivos essenciais assumidos de forma consensual pela organização.

    Recordou que durante a sua investidura no cargo de presidente em exercício da organização, em Janeiro de 2014, o estadista angolano, José Eduardo dos Santos, apresentou três grandes domínios de actuação da Agenda de Angola.

    No plano político, acrescentou, o país comprometeu-se a implementar Pacto sobre a Paz, Estabilidade e Desenvolvimento da Região dos Grandes Lagos e do Acordo Quadro para a RDC e a região, e todos os outros compromissos assumidos.

    Isto, explicou, inclui a promoção da confiança entre os presidentes dos países membros e a sua mútua colaboração na busca da paz e estabilidade na RCA e no Sudão do Sul.

    Já no plano económico, social e do desenvolvimento regional, disse que Angola comprometeu-se e tem vindo a envidar esforços para promover o intercâmbio comercial entre os distintos países, promover a troca de experiência nos domínios administrativos, da gestão macroeconómica, do combate à fome e à pobreza e às grandes endemias, do aumento do emprego e da cooperação nos sectores da economia para apoiar a estratégia de diversificação das economias.

    Por sua vez, no campo da defesa e segurança, disse o ministro, o país comprometeu-se e prossegue com a promoção da gestão conjunta da segurança das fronteiras comuns da cooperação sobre questões gerais de segurança, incluindo o combate ao tráfico de seres humanos, à imigração ilegal, à exploração ilícita e pilhagem de recursos naturais e à proliferação ilegal de armas ligeiras, a prevenção e combate às actividades criminosas transnacionais e ao terrorismo.

    O ministro Chikoti referiu ainda que, infelizmente, o encontro acontece num momento em que se registam ainda conflitos na RCA e no Sudão do Sul.

    Para o ministro, estes acontecimentos revelam os desafios que a organização continua a enfrentar para cumprir os objectivos preconizados pelo Pacto de Nairobi e pela Declaração de Dar-es-Salaam.

    Acrescentou que a permanência de conflitos nesses países, que obrigam a várias iniciativas do presidente em exercício da CIRGL, deve também conduzir ao aumento da consciência de que se torna cada vez mais necessária uma coesão e coordenação das acções no âmbito do Mecanismo Alargado de Verificação Conjunta, incluindo a sua saúde financeira.

    Referiu que esta constitui uma componente importante para a concretização dos objectivos a alcançar na CIRGL.

    Salientou que esta abordagem é extensível aos outros programas e fóruns da CIRGL, que continuam a reclamar por melhores condições financeiras.

    Sublinhou a necessidade de ser ultrapassada a situação corrente, relativa aos atrasos no pagamento das contribuições financeiras por vários estados membros, uma problemática que tem vindo a inviabilizar a execução de muitas tarefas previstas no plano de acção da organização.

    A República de Angola, através do seu Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, assume desde 15 de Janeiro de 2014 a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.

    A CIRGL foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região dos Grandes Lagos, em 1994, cujo resultado marcou o reconhecimento da sua dimensão e a necessidade de um esforço concentrado para a promoção da paz e o desenvolvimento na região.

    Angola, Burundi, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, República Democrática do Congo (RDC), Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e a Zâmbia integram este órgão regional. (portalangop.co.ao)

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