Uma nova investigação revela “evidências contundentes” de que Andrew Cuomo “assediou sexualmente mulheres”. O ex-governador de Nova Iorque terá ainda dado ordens a membros da sua equipa para o ajudarem a produzir um livro sobre liderança durante a pandemia de Covid-19, que rendeu cerca de cinco milhões de dólares.
Na segunda-feira, a assembleia estadual divulgou um novo relatório onde concluiu que existem “provas contundentes de que o ex-governador do Estado de Nova Iorque assediou sexualmente mulheres” e que a sua equipa “não foi transparente em relação ao número de mortos provocados pela Covid-19 nos lares de idosos.
“Os dados são duvidosos”, alertam os investigadores, acrescentando que foram alterados pela equipa de Cuomo com o objectivo de promover a sua imagem num livro que rendeu cerca de cinco milhões de dólares.
O ex-governador disse que não alterou intencionalmente o número de mortes nos lares de idosos, insistindo que o contrato do livro “Crise Americana: Lições sobre liderança durante a pandemia” e o processo de publicação seguiram os trâmites legais.
Porém, membros da equipa revelaram aos investigadores que foram destacados para realizar tarefas para o livro durante o horário de trabalho, como imprimir, entregar documentos ou comparecer em reuniões com agentes ou editores.
O relatório refere igualmente que um funcionário sénior do Estado enviou e recebeu mil correios electrónicos sobre o livro e, embora não mencionasse a identidade deste trabalhador, os detalhes permitiram identificá-la como a ex-assessora do ex-governador, Melissa DeRosa.
Cuomo acusado de assédio
Andrew Cuomo é ainda acusado de ter apalpado o peito de uma ex-assistente, Brittany Commisso, após a ter chamado à sua residência oficial em 07 de Dezembro de 2020.
O relatório analisou as viagens, chamadas telefónicas e mensagens de texto que comprovam o paradeiro da ex-assistente no dia em que o ataque ocorreu.
Andrew Cuomo que nega as acusações de assédio sexual, demitiu-se no passado mês de Agosto do cargo de governador de Nova Iorque.