Um aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, foi visto a aproveitar as férias em Itália, Croácia, Áustria e Eslovénia, apesar das sanções ocidentais que o impedem de entrar na União Europeia (UE) por terra, ar ou mar, segundo a “Newsweek”.
Vladimir Plotnikov apareceu numa fotografia do Instagram da filha, Sonia, a 16 de julho, a bordo de um barco que atravessa os famosos canais da cidade de Veneza.
Outra publicação, dois dias depois, mostra os dois no lobby luxuoso do que foi identificado como o Kempinski Hotel Adriatic Istria, na Croácia.
As histórias temporárias da filha de Plotnikov na app — onde aparece discretamente o pai numa delas — sugerem que, a partir daí, viajaram para ou pela Eslovénia e depois para Viena, na Áustria. Ademais, parece que a família entrou na União Europeia num voo de Istambul para Veneza.
“Claramente, essas pequenas preocupações diplomáticas não impedem que as “elites” políticas russas favoritas passem as suas férias tradicionais na Itália, este país que, no entanto, deseja tanto mal à Rússia”, escreveu no Twitter o jornalista francês Paul Gogo.
“Talvez haja um pequeno problema nos controlos de fronteira na Itália?” perguntou o jornalista italiano Jacopo Iacoboni na mesma rede.
Nas suas histórias mais recentes, Sonia compartilhou o que chamou de comentários “feios” que recebeu tanto nas suas mensagens diretas como nos seus comentários — referindo-se a opositores à invasão da Ucrânia — , adicionando emojis de risos e palmas, além de escrever “orgulhosa por ser russa”.
Plotnikov foi um dos 350 deputados da Duma sancionados pela União Europeia após votar a 15 de fevereiro pelo reconhecimento da autoproclamada República Popular de Donetsk e Luhansk, a cargo de separatistas pró-russos desde 2014.
O russo está sujeito a um congelamento de ativos — todas as contas que ele possui em bancos da UE não estão disponíveis — e a uma proibição da colocação de fundos e recursos económicos à sua disposição.
A “Newsweek” entrou em contato com a UE, e com os governos italiano e croata para comentar, mas até agora não obteve resposta.