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    Agente do SIC tira a própria vida na Unidade de Polícia Judiciária Militar

    Um efectivo do Serviço de Investigação Criminal suicidou-se, na quarta-feira, no interior das instalações da Polícia Judiciária Militar (PJM), em Luanda, local onde havia se deslocado para prestar declarações num caso em que estava a ser acusado, soube o Jornal de Angola de uma fonte.

    A fonte afecta à Polícia Judiciária Militar revelou que o efectivo do SIC, um subinspector de investigação, decidiu pôr termo à vida após ter sido decretada ordem de prisão contra si, pelo procurador junto da Polícia Judiciária Militar.

    Segundo a fonte, o malogrado identificado por Amílcar Loureiro estava a ser acusado de ter furtado um cartão multicaixa com o respectivo código a um cidadão, na via pública.

    Este, depois de ter sido interpelado pelo malogrado por suspeitas de ser um falso efectivo de um órgão afecto ao Ministério do Interior, apercebendo-se da ausência do cartão, e mais a sua conta bancária a ser movimentada, fez uma queixa à Polícia Judiciária Militar contra o subinspector de investigação.

    Em função da notificação passada, referiu a mesma fonte, o malogrado dirigiu-se na quarta-feira às instalações da Polícia Judiciária Militar para prestar declarações com outros quatro colegas seus, tendo, na sequência, sido aplicada a medida de coacção mais gravosa, por haver naquele órgão de justiça militar um outro processo em que é acusado de extorsão.

    Uma outra fonte também ligada à Polícia Judiciária Militar, que disse ter testemunhado o incidente, detalhou que o malogrado suicidou-se com a própria arma, numa sala, durante a entrega dos seus pertences aos oficiais de diligência para seguir para a cela. Revelou que quando tirava o cinto, após entregar uma quantia monetária considerável, o relógio e o casaco, o mesmo via a arma e disparou contra a própria cabeça, tendo morte imediata.

    Afirmou que antes o malogrado “ligou para a esposa, informando o que se estava a passar, onde se encontrava e disse que amava ela e os filhos”.

    “Antes de ser ouvido, prometia insurgir-se caso fosse decretada prisão. Dos cinco, o malogrado e outros dois colegas, presentes na Polícia Judiciária Militar, estavam armados. Nós fizemos de tudo para sensibilizá-lo, e pensámos que seria diferente depois de ter falado com a esposa”.

    O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC confirmou o suicídio do colega ao Jornal de Angola, tendo afirmado desconhecer, ainda, ao pormenor, o que terá acontecido de concreto e motivado a atitude do subinspector de investigação.

    O superintendente Manuel Halaiwa, que lamentou o facto, prometeu revelar em nota distribuída aos órgãos de comunicação social informações atinentes ao caso. Amílcar Loureiro tinha aproximadamente 40 anos e cinco anos de serviço.

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    FonteJA

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