Os documentos em análise no fórum África – China, iniciado terça-feira, foram amplamente discutidos com antecedência e visam o reforço da cooperação em projectos ligados à agricultura, comércio e tecnologias, afirmou o director para Ásia e Oceânia, embaixador Samuel Andrade da Cunha.
Em declarações à imprensa em Pretória, África do Sul, cidade que alberga a reunião de peritos do Fórum de Cooperação África – China, o diplomata frisou que o plano prevê o reforço da cooperação entre as partes e uma série de acções relacionadas com os projectos de desenvolvimento de países africanos.
Para o embaixador, a agricultura e o comércio são sectores de destaque neste fórum, apesar da cooperação com a China ser muito mais vasta, desde o ponto de vista político, económico, abarcando as tecnologias de desenvolvimento.
Relativamente à industrialização, disse que “estamos numa fase embrionária na negociação com a China e o que nós desejamos (países africanos) é uma transferência de tecnologia e know, que deve ser feita de forma paulatina, mas é um facto que isto vai ocorrer”.
Afirmou ainda que a nova era de cooperação com a China irá contribuir no combate à pobreza em África, porquanto de todos os parceiros do continente, este é o que investe muito de forma concreta em termos de quantidade e qualidade nestes países, quer no âmbito bilateral, como no fórum multilateral.
“A China tem financiado e patrocinado projectos concretos de desenvolvimento e Angola é uma prova desse investimento”, referiu o embaixador, que chefia a delegação angolana na reunião de peritos do fórum de cooperação África – China.
Reiterou o desejo de aprovação consensual dos documentos em discussão, assim como da declaração de Joanesburgo e do plano de acção, que define as acções a serem desenvolvidas nos próximos anos na sequência da cooperação.
Integram a delegação angolana no encontro de peritos, os embaixadores Garcia Bires e Joaquim do Espírito Santo.
No quadro da cooperação África – China, a África do Sul alberga até ao dia 5 do corrente mês, as reuniões de peritos, de ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e dos Chefes de Estado e de Governo.
Até ao momento, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, que chegou segunda-feira a África do Sul, chefia a delegação angolana. (portalangop.co.ao)