O continente africano deve registar uma queda de 40 por cento no investimento directo estrangeiro, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), devido ao impacto negativo da Covid-19.
Os dados, avançados quarta-feira , em Genebra, representam um agravamento da previsão inicial, que previa uma desaceleração de 25 por cento.
Diante do cenário, a representante permanente de Angola junto do Escritório das Nações Unidas e demais Organizações Internacionais em Genebra, Margarida Izata, defendeu mais investimento no continente.
Ao discursar na qualidade de coordenadora do Grupo Africano, durante a sessão da CNUCED, a diplomata lamentou que o declínio seja preocupante porque os fluxos do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para África estão já em queda.
Em 2019, segundo Margarida Izata, registou-se uma diminuição de 10 por cento, atingindo 45 mil milhões de dólares, o que representa um impacto negativo nos recursos naturais para a manufactura e o sector dos serviços no continente. A conclusão do grupo africano resulta de uma análise sobre o IDE em África, no quadro do cumprimento dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.