Os partidos políticos cabo-verdianos com assento parlamentar apoiam a entrada da Guiné Equatorial na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) na próxima cimeira da organização lusófona, que acontece em Junho na capital moçambicana, Maputo.
A adesão da Guiné Equatorial à CPLP foi abordada num encontro do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, com delegações do PAICV (no poder), do Movimento para a Democracia (MpD), líder da oposição, e da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) para análise de questões de política interna e externa do país.
No final da audiência com o chefe do governo, o secretário-geral do partido da maioria parlamentar sublinhou que já existe um quadro estratégico definido dentro da CPLP para a adesão da Guiné-Equatorial e que este está a ser trabalhado individualmente pelos países e no conjunto da comunidade.
O secretário do PAIGC recordou que a Guiné Equatorial “assumiu um conjunto de compromissos formais e materiais para que estejam criadas condições para entrar na CPLP” e que tais compromissos têm sido assumidos em todas as reuniões desde que a Guiné Equatorial passou a ter, em 2006, o estatuto de país observador na CPLP.
O vice-presidente do MpD disse aos jornalistas que o partido “é a favor da entrada da Guiné Equatorial se os chefes de Estado da CPLP chegarem à conclusão que o país cumpriu com os requisitos exigidos”.O líder da UCID, António Monteiro, também considera que a Guiné Equatorial está a colocar em prática o que os países da comunidade dos Países de Língua Portuguesa estão a exigir para a sua adesão à organização.
“Tendo em conta os nossos interesses na região é aceitável que ele defenda a posição para a integração da Guiné Equatorial no grupo da CPLP”, precisou.