Unidades sanitárias da província da Huíla registaram, nos primeiros seis meses deste ano, 135 mortes por tuberculose, mais 23 em relação a igual período anterior, maioritariamente motivadas pelo abandono do tratamento pelos pacientes.
O supervisor provincial da Saúde Pública e Controlo das Endemias na Huíla, Evaristo Samuel, revelou hoje, domingo, à Angop, nesta urbe, que 731 pacientes abandonaram o tratamento, neste período, alegadamente pelas distâncias que têm de percorrer até aos hospitais, apesar do trabalho de sensibilização desenvolvido pelo sector no seio das famílias.
Explicou que os óbitos aconteceram entre dois mil 651 casos, mais 602 que em 2017, dos quais 75% no Hospital Sanatório do Lubango.
Adiantou que 479 pacientes foram curados, ao passo que 195 foram diagnosticados com VIH-Sida.
Evaristo Samuel distribuiu os casos por quatro hospitais, nomeadamente, o sanatório do Lubango com mil e 232, o municipal de Quipungo com 298, da Igreja Evangélica Sinodal em Caluquembe com 182 e o da União das Igrejas Evangélicas na Chibia com 132.
Relativamente a medicamentos, informou estarem abastecidos com fármacos suficientes para atender a demanda.
A tuberculose é uma infecção causada por um micróbio denominado “bacilo de Koch”, que inicia nos pulmões e pode se espalhar para outras partes do corpo, é transmitida pela via respiratória e o seu tratamento pode durar até dois anos, dependendo do quadro de gravidade. (Angop)