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    Frente Patriótica: “Angola precisa de uma alternativa”

    A coligação da oposição em Angola avança. O objetivo: derrotar o MPLA nas eleições gerais de 2022. “Número um” da Frente Patriótica poderá ser Adalberto Costa Júnior. Porta-voz da UNITA não confirma nem desmente.

    O “Novo Jornal” revelou na quinta-feira (06.05) que o presidente da União para a Independência Total de Angola (UNITA, principal partido da oposição), Adalberto Costa Júnior foi apontado como líder da Frente Patriótica – uma coligação de partidos e movimentos da oposição com o intuito de tirar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) do poder.

    O número “dois” da lista seria Abel Chivukuvuku, que encabeça o projeto político Partido do Renascimento Angolano – Juntos por Angola Servir Angola (PRA-JA Servir Angola).

    Em declarações à DW África, o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, confirma apenas que estão a decorrer conversações entre várias formações políticas da oposição angolana no sentido de formar uma “Frente Única para a Alternância”. Quanto ao possível “número um” da Frente, essa informação será divulgada em “momento oportuno”.

    Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku encabeçariam “Frente Patriótica”, de acordo com o Novo Jornal
    (DR)

    DW África: Em que ponto estão as negociações para a criação da Frente Patriótica?

    Marcial Dachala (MD): Estamos em conversações com vista a decantarmos os entendimentos conducentes à criação da Frente Patriótica para a Alternância do Poder, algo que terá que ser feito dentro daquilo que a Constituição da República de Angola e a legislação aplicável determina. Todavia, o partido é unânime em encorajar o presidente no sentido de prosseguir com firmeza até à criação da Frente Patriótica.

    DW África: O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, será o número “um” de uma lista conjunta?

    MD: A Frente ainda não foi criada. A Frente é aberta a todos os patriotas determinados a trabalhar em conjunto para a alternância do poder – patriotas individual ou coletivamente identificados que estejam convictos de que essa alternância é importante e necessária. Tão logo essa Frente seja criada, os outros passos serão negociados, e comunicaremos o que será a estrutura da Frente para enfrentarmos o pleito eleitoral.

    DW África: Houve já um encontro informal em que tenha sido decidido que Adalberto Costa Júnior será o líder da Frente Patriótica?

    MD: O conteúdo dos encontros que têm tido lugar consiste pura e simplesmente em alcançarmos os entendimentos para criar a Frente. Depois da Frente criada, veremos os outros passos a serem dados.

    DW África: Qual é o objetivo principal?

    MD: O objetivo é muito claro: a alternância do poder.

    DW África: Quem será convidado para fazer parte dessa Frente?

    MD: Estão convidados todos os patriotas individual ou coletivamente identificados, que estejam determinados a trabalhar em conjunto para apearmos o MPLA do poder.

    DW África: O líder do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, afirmou não ter sido convidado até à data. Confirma?

    MD: A Frente está aberta a todos aqueles que profundamente sejam habituados do sentimento de que o país precisa de uma alternativa.

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    FonteDW

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