As últimas notícias sobre o desempenho do BPC no seu processo de reestruturação põe em cheque, não apenas o prestígio do maior banco comercial de Angola, mas também a sua gestão.
Não é salutar que um banco comercial em processo de reestruturação apresente uma imagem extremamente negativa, com desvios de conduta, profundamente graves, como o que aconteceu recentemente, com o caso dos 400 milhões de kwanzas subtraídos dos seus cofres.
Noutras esferas o caso assumiria proporções extremamente negativas para um banco de enorme potencial, que é o BPC desfalcado à medula, em elevados montantes e que um administrador do maior banco comercial angolano, em entrevista à TPA, não conseguiu justificar de modo convincente.
O Jornal de Angola, na sua edição de hoje traz a lume um esclarecimento do IGAPE, sobre o destino do BPC. Ficou claro, segundo aquela instituição, que o Banco de Poupança e Crédito continuará sob tutela do Estado.
“O Programa de Privatizações não prevê a privatização do Banco de Poupança e Crédito”, insiste o IGAPE na nota, acrescentando que,“em nenhum momento e em qualquer interacção com a comunicação social ou com investidores que se mostram interessados na alienação de participações nos activos financeiros descritos no PROPRIV, foi feita referência à privatização do BPC”.
“O documento lembra que o Programa de Privatizações (PROPRIV) tem definida, no segmento financeiro, a alienação das participações no BAI, no Banco Caixa Geral Angola e na ENSA – Seguros de Angola, bem como a privatização do Banco de Comércio e Indústria”, conclui o JA.