Pelo menos 40 pessoas terão morrido ou desaparecido, esta terça-feira, ao largo da costa da Líbia após o naufrágio de uma pequena embarcação carregada de migrantes com destino à Europa.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), citado pela Euronews, cerca de 60 pessoas terão sido resgatadas das águas do Mediterrâneo.
“Estamos a assistir a um aumento incrível e preocupante do ritmo a que as pessoas estão a morrer na travessia entre a Líbia e a Europa. O que temos, agora, é uma situação em que uma pessoa morre nessa rota por cada seis ou sete pessoas que chegam às costas europeias. Em comparação com anos anteriores, o número total de chegadas à Europa diminuiu significativamente, mas o que vemos muitas vezes é ainda uma grande perda de vidas. Assim, já não há uma crise de chegadas, mas sim uma verdadeira crise de mortes”, sublinha o porta-voz do ACNUR, Charlie Yaxley.
Para o porta-voz do ACNUR, esta é uma situação que não pode continuar e lança um apelo à Europa:
“O ACNUR apela ao regresso dos navios de busca e salvamento da União Europeia e necessitamos, também, de um reconhecimento, um reconhecimento do trabalho vital das operações das ONG. E, acima de tudo, necessitamos, também, de reforçar as medidas destinadas a tirar os refugiados da Líbia, em segurança”.
De acordo com as Nações Unidas, só na semana passada morreram mais de 100 migrantes no Mediterrâneo a tentar chegar às costas do Velho Continente.
Desde o início do ano, cerca de 5400 imigrantes foram interceptados ou resgatados no mar pela guarda costeira líbia.