A decisão da Terra Peregrin surge depois da CMVM ter obrigado a empresa de Isabel dos Santos a elevar o preço da oferta.
Seis dias depois da decisão da CMVM de não aceitar o pedido de derrogação de Isabel dos Santos, a Terra Peregrin veio confirmar que não reforçará a oferta e nessa medida retira a sua oferta.
Na justificação que enviou ao mercado através de comunicado, a Terra Peregrin refere que “quando apresentou o seu pedido de derrogação do dever de lançamento de oferta pública subsequente, o fez convicta de que o mesmo seria aceite, atendendo aos argumentos e fundamentos apresentados pela Oferente, todos eles, no seu entendimento, com cabimento legal”.
E nos últimos seis meses “foram divulgados factos excepcionais, até então imprevisíveis e desconhecidos do mercado que tiveram um impacto acentuado na evolução bolsista das acções da PT SGPS, acção com elevada liquidez”.
Entre estes factos, a empresa de Isabel dos Santos refere o não cumprimento do reembolso dos instrumentos Rioforte à Oi, S.A., ao subsequente acordo quanto aos novos termos da combinação de negócios entre a PT SGPS e a Oi, bem como à decisão do Tribunal de Comércio do Luxemburgo de não aceitar o processo de “gestão controlada” da Rioforte.
A Terra Peregrin refere ainda que “a presente oferta nunca pretendeu ser hostil e que fez todos os esforços ao seu alcance para a fazer chegar ao mercado”.
A CMVM considerou que Isabel dos Santos tinha de subir o valor da OPA (oferta pública de aquisição) sobre a PT SGPS, se não quisesse lançar outra oferta subsequente.
O regulador não aceitou, assim, os argumentos da Terra Peregrin, a empresa de Isabel dos Santos que lançou a OPA, de que a situação da PT SGPS se tinha alterado e, como tal, não deveria ser tomada em conta a média ponderada dos últimos seis meses. (jornaldenegocios.pt)