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    42 anos depois, Nova Iorque voltou a ficar às escuras

    Uma falha de energia em Nova Iorque apagou o final de tarde e a noite da cidade que não dorme. Exactamente no mesmo dia em que, em 1977, a escuridão causou estragos

    Segundo avança o Expresso, uma falha no fornecimento de electricidade em Nova Iorque deixou a zona oeste da cidade às escuras durante a noite de sábado. A empresa de energia Con Edison informou que cerca de 42 mil clientes estavam sem energia, principalmente no lado oeste de Manhattan, enquanto o Departamento de Bombeiros disse no Twitter que a falha de energia foi desde a rua 72 (72nd Street) até à rua 42 (40th Street) e da Quinta Avenida até ao rio Hudson.

    Os relatos das falhas começaram ao final da tarde, por volta das 19h locais, ainda o sol ia alto (nesta altura, é também verão em Nova Iorque). Uma hora depois, à 1h da madrugada em Lisboa, confirmava-se o apagão em Midtown e Upper West Side, zona oeste, atingindo alguns pontos famosos da cidade, entre eles o Central Park, o Rockefeller Center e a própria Times Square. Envolvida por ecrãs publicitários de grandes dimensões, a praça nova iorquina deixou de mostrar anúncios, substituídos momentaneamente por telas pretas.

    Sem incidentes de maior, a falha causou, porém, distúrbios no metro (13 linhas tiveram mesmo de ser interrompidas) e na circulação de trânsito, com vários semáforos apagados. Nos restaurantes, não só a luz como o ar-condicionado em baixo levaram as pessoas a sair à rua para refeições fora do vulgar. Os telemóveis serviram para iluminar algumas delas.

    O presidente da Câmara Municipal de Nova Iorque, Bill de Blasio, escreveu no Twitter que a falha se deveu a um pequeno incêndio na entrada de uma conduta. Disse também que a ruptura era “significativa”. O apagão durou cerca de quatro horas.

    A HISTÓRIA QUE (QUASE) SE REPETE
    Foi precisamente na noite de 13 para 14 de Julho que Nova Iorque “viu” um dos maiores blackouts da história da cidade. Ao contrário do que agora aconteceu, na noite de há 42 anos não só não havia telemóveis para atenuar a escuridão, como a falha de energia se prolongou por 25 horas. A gravidade da situação foi aumentando à medida que as horas passavam: a falta de frigoríficos potenciou o desperdício alimentar e o caos aumentou os assaltos — foram detidas mais de três mil pessoas e o custo estimado do estrago ascendeu aos milhões de dólares.

    Recordando a história, o New York Times encontra uma similitude com os eventos da noite de sábado: numa como noutra, os nova iorquinos foram às ruas tentar organizar o trânsito e evitar outro tipo de estragos. Nada disso impediu que, numa noite quente, bares e restaurantes se mantivessem abertos, enquanto a comida resistia e, sobretudo, a bebida escoava.

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