M’banza-Congo – O director do gabinete do presidente da Câmara da Cidade Velha de Cabo-Verde, Apolinário das Neves, disse sábado, em M’banza-Congo (Zaire), acreditar que o processo de inscrição desta cidade a património mundial pela UNESCO será menos oneroso, dado o valor excepcional do seu património histórico.
Na sua opinião, M’banza-Congo não precisa fazer o percurso de 18 anos, que demorou para se inscrever a cidade Velha de Cabo-Verde, já que o seu património histórico é muito mais rico.
Apolinário Neves foi convidado pelas autoridades do Zaire para falar sobre as suas experiências, enquanto membro da comissão que trabalhou para a inscrição da cidade Velha a património mundial.
Considerou “rico” o património histórico de M’banza-Congo, quando se dirigia aos presentes na cerimónia de abertura das actividades alusivas ao 53º aniversário do início da luta armada de libertação nacional, a assinalar-se no dia 4 de Fevereiro.
Na ocasião, foram apresentadas as etapas do processo de preparação do dossiê de inscrição da cidade, trabalho à cargo de uma equipa de técnicos do Ministério da Cultura, na qual integram especialistas estrangeiros em arqueologia.
A elaboração de um cronograma de actividades, no qual deverão constar os objectivos e as metas a atingir, assim como o reforço das condições financeiras e técnicas para um trabalho continuado dos estudos arqueológicos e arquitectónicos em curso na cidade de M’banza-Congo, entre outras, foram as sugestões deixadas por Apolinário das Neves.
O projecto para que esta cidade possa ser património mundial teve início em 2007, com a realização, nesta cidade, de uma mesa redonda internacional, denominada M’banza-Kongo Cidade a Desenterrar para Preservar”. (portalangop.co.ao)