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    Yannick Afroman: “A verdade dói”

    Yannick Afroman (DR)
    Yannick Afroman (DR)

    O rapper Yannick Afroman diz que a sua música é de “intervenção social e não é política”.

    Falando num animado “Angola Fala Só”, o conhecido músico angolano recusou-se a envolver-se em discussões político-partidárias afirmando que na sua música fala “daquilo que conheço”.

    “Não é fácil falar de coisas que não sei,” disse afirmando que quando se fala de assuntos que não se conhece “há sempre o perigo de ser mal interpretado”.

    Um dos ouvintes criticou o músico afirmando que “toda a gente em Angola sabe que tudo está mal” pelo que “ não se pode dizer que não se sabe de política”.

    Yannick Afroman disse que na sua música procura fazer criticas mas de carácter social “não para criar problemas mas para procurar soluções”.

    Um ouvinte instou-o a seguir o exemplo do Brigadeiro Dez Pacotes, um rapper angolano conhecido pela sua música de carácter político mas outro disse que Yannick Afroman deveria continuar com a sua música para “encorajar e alegrar o povo angolano”.

    “Eu não faço imitações ou o que está na moda,” disse o rapper para quem a música “não pode ser só alegria e sofrimento”.

    “Não vou mudar de estilo,” disse.

    Interrogado sobre algumas da suas músicas de carácter mais controverso lhe tinham  causado problemas o rapper respondeu que “a verdade dói”, mas acrescentou:

    “Não tenho tido problemas”.

    O rapper, que vai dar este Sábado no estádio dos Coqueiro um espectáculo que qualificou de “grandioso” anunciou também uma digressão por várias províncias angolanas.

    Yannick Afroman diz que a música angolana na generalidade continua a ter dificuldades em penetrar em mercados estrangeiros, mesmo aqueles de língua portuguesa como Portugal e o Brasil.

    Contudo  está a tentar colocar o seu segundo álbum “Terra a Terra” à venda em Portugal.

    Embora recusando envolver-se em controvérsias políticas, Yannick Afroman lançou um apelo aos políticos angolanos “para deixarem de lançar pedras uns aos outros” e procurarem em conjunto soluções para os problemas de Angola.

    O rapper disse que ele próprio tinha sofrido com a guerra em Angola pois familiares dele tinham morrido durante o conflito mas que a situação em Angola é agora melhor do era.

    “O meu filho tem oportunidades diferentes daquelas que não tive,” disse.
    “Nem tudo está bem mas nem tudo está mal,” acrescentou para depois apelar a um esforço conjunto dos angolanos. (voa.com)

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    1 COMENTÁRIO

    1. o cantor deve continuar em seu estilo porque ele canta e deixa a mensagem para cada angolano ouvir e refletir, é pena que em angola qualquer realidade querem atirar a área politica há realidade que não precisa envolver motivos políticos, em conjunto podemos refletir, chegarmos a solução do problema, como tem se dito que “a união faz a força”

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