Os responsáveis da Reserva Federal mantiveram as suas perspetivas de três cortes nas taxas de juro este ano e avançaram no sentido de abrandar o ritmo de redução das suas participações em títulos, sugerindo que não estão alarmados com um recente aumento da inflação.
As autoridades decidiram por unanimidade manter a taxa básica de juros dos fundos federais na faixa de 5,25% a 5,5%, a mais alta desde 2001, pela quinta reunião consecutiva. Os decisores políticos sinalizaram que continuam no bom caminho para reduzir as taxas este ano pela primeira vez desde março de 2020, mas preveem agora apenas três reduções em 2025, abaixo das quatro previstas em dezembro, com base na projeção mediana. Prevê-se que a taxa dos fundos federais possa baixar até 4,6% no final de 2024,
Os principais índices de ações de Wall Street fecharam em alta na quarta-feira, atingindo níveis recordes, depois que o FED acalmou o nervosismo dos investidores ao manter os custos dos empréstimos inalterados e ao reforçar as expectativas de que as taxas poderiam ser reduzidas até três vezes este ano.
A declaração política do FED descreveu a inflação como permanecendo “elevada “, e aumentou as projeções para o crescimento económico e reduziu a sua projeção para a taxa de desemprego a partir das estimativas fornecidas em Dezembro.
Depois de aumentar a taxa de referência dos fundos federais em mais de cinco pontos percentuais a partir de março de 2022, os responsáveis da Fed enfatizaram que não têm pressa em reduzir os custos dos empréstimos até terem a certeza de que a inflação está contida.
Os decisores políticos também melhoraram ligeiramente as suas previsões sobre a estabilização das taxas no longo prazo, aumentando a sua estimativa mediana de 2,5% para 2,6%, na sequência de especulações de economistas de que taxas mais elevadas poderão persistir no ambiente pós-pandemia. A mudança implica que as taxas precisarão permanecer mais altas por mais tempo no futuro.
Os decisores políticos atualizaram as suas projeções para a inflação e o crescimento económico para 2024, aumentando a sua previsão para a inflação subjacente de 2,4% para 2,6% e aumentando a previsão de crescimento de 1,4% para 2,6%. Também reduziram ligeiramente a sua projeção para a taxa de desemprego de 4,1% para 4% no final de 2024. Se estes dados se confirmarem, Joe Biden estará em melhor posição para enfrentar Trump nas eleições de novembro de 2024.
Por Editor Económico
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