O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, ontem, em Luanda, dois dos quatro indivíduos que, na terça-feira, gravaram um vídeo e disseminaram-no nas redes sociais, no qual lançam ofensas morais contra o Presidente da República e ameaçam incendiar a Televisão Pública de Angola (TPA).
Miguel Avelino Vica, 25 anos, taxista, e Flávio Sanuca, estudante, estão indiciados no crime de ofensas morais, difamação, associação criminosa e provocação pública ao crime.
Os dois indivíduos, residentes no bairro Rocha Pinto, em Luanda, mostraram-se arrependidos por terem gravado e espalhado o vídeo, por via das redes sociais, e pedem desculpas públicas à sociedade pelo acto, que consideram irresponsável.
Flávio Sanuca, que vive com o pai, frisou que a gravação do vídeo aconteceu quando estavam embriagados , porque tinham passado antes por um bar onde consumiram elevadas quantidades de bebidas alcoólicas e, de repente, veio-lhes a ideia de gravarem o vídeo que circula nas redes sociais.
Miguel Avelino Vica disse que apenas acompanhou os três amigos até ao bar para eles beberem algumas cervejas, porque ele não o fez, limitando-se a fumar estupefacientes do tipo liamba.
Acrescentou que os amigos, incluindo os foragidos Lucas e Josué, depois de falarem da manifestação que um grupo de cidadãos pretende realizar em pleno dia da independência tiveram a ideia de gravar e espalhar o vídeo pelas redes sociais.
Uma fonte do SIC disse ao Jornal de Angola que os acusados serão apresentados ao Ministério Público para a legalização da prisão e assegurou que mais diligências estão em curso no sentido de serem localizados os outros dois indivíduos, apenas conhecidos por Lucas e Josué, participantes da gravação, e que até ao momento se encontram em fuga.