A tensão continua ao rubro, em particular no Leste da Ucrânia. Em Kiev, o presidente interino pediu o apoio das Nações Unidas para a “operação antiterrorista” com que ameaça os insurgentes pró-Moscovo. Em Slaviansk, a 150 km da fronteira com a Rússia, os rebeldes pedem a ajuda “do presidente Putin” para impedir o que chamam de “genocídio” em perspetiva.
Terminado o ultimato para os separatistas abandonarem os edifícios públicos que ocupam no Leste da Ucrânia, o presidente interino, Oleksander Turchinov evocou a possibilidade de realizar um “referendo nacional” sobre a “unidade” e “independência” do país. Uma consulta popular que podia coincidir com as eleições presidenciais marcadas para 25 de maio.
Turchinov não deu detalhes nem sobre o modelo do referendo nem sobre o tipo de implicação que quer da ONU numa “operação antiterrorista conjunta no Leste”.
Os serviços de segurança ucranianos fiéis a Kiev continuam em estado de alerta, mas, para já, não há notícia de que a operação prometida pelo presidente já tenha avançado, até porque há o risco de uma intervenção militar do Kremlin.
No Leste, tal como em Kiev, são cada vez menos os que se manifestam a favor da unidade da Ucrânia. O país de 46 milhões de habitantes parece cada vez mais a caminho de se transformar numa manta de retalhos dividida entre os interesses de Moscovo e os do Ocidente. (euronews.com)