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    Três ex-presidentes deram os parabéns a Carlos do Carmo. Só Cavaco não o fez

    (Miguel A. Lopes / LUSA)
    (Miguel A. Lopes / LUSA)

    “Não sinto falta”, diz o fadista sobre o silêncio de Belém em relação à distinção que recebeu esta semana

    O fadista Carlos do Carmo, galardoado com um Grammy pela sua carreira, diz ao i não ter recebido qualquer mensagem – ainda que privada – de felicitações da parte de Cavaco Silva. Ao contrário do que aconteceu com os três ex-presidentes da República: “Recebi felicitações do general Ramalho Eanes, de Mário Soares e de Jorge Sampaio.”

    As regras de Belém têm ditado que, quando um português é distinguido com um prémio de relevo, a Presidência emite uma nota de congratulação. Desta vez não aconteceu. Mesmo sabendo que, em 2008 – quando Carlos do Carmo recebeu o Prémio Goya para a melhor canção original -, a Presidência divulgou uma nota de felicitações pela “distinção”.

    Apesar da insistência do i, a Presidência voltou a não tecer qualquer comentário à atribuição do Grammy ao fadista. Também por isso, Carlos do Carmo diz, sobre a ausência de um cumprimento de Belém: “Tenho de confessar que não sinto falta. O problema não é meu”, remata.

    Entre o Goya e o Grammy distam seis anos e muitas críticas do fadista a Cavaco Silva. Por exemplo, em 2011, quando Carlos do Carmo o apontou como o responsável número 1 pela situação em que o país se encontrava – passavam então seis meses sobre a assinatura do Memorando.

    À Renascença, o fadista disse que “toda a nossa desgraça começou com Cavaco”. No ano passado, à SIC Notícias, Cavaco voltava a estar sob o foco de Carlos do Carmo. “Ter este Presidente da República como primeiro- -ministro e como Presidente foi um azar dos Távoras. Este país regrediu muito. É só analisar. Foi mau de mais para ser verdade.” Mas os comentários mais negativos estavam ainda para ser feitos. E chegaram em Novembro do ano passado, na Aula Magna. O encontro promovido por Mário Soares ficou marcado por fortes críticas ao chefe de Estado, também de Carlos do Carmo. “Nunca me passou pela cabeça, depois de 40 anos de salazarismo, levar com este homem 20 anos. Um homem que é inseguro, inculto, medroso. E não interpretem isto como uma questão pessoal, não sou dado a questões pessoais”, referiu o fadista.

    Ainda na sequência da atribuição do Grammy pela sua carreira de mais de 50 anos, o fadista foi ontem homenageado na Câmara de Lisboa. (ionline.pt)

    por Pedro Rainho e Susete Francisco

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