O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é uma doença crónica que atinge cerca de 2,5 porcento da população no país e tem o pico de incidência na infância considerou hoje, terça-feira, em Luanda, a psicóloga clínica Paula Rocha.
Em declarações à Angop a propósito das doenças psicológicas, a especialista fez saber que este transtorno é o quarto mais frequente seguido das dependências químicas, depressão e fobias.
“O maior problema é o desconhecimento da doença que faz com que o tempo passado entre os primeiros sintomas até a procura de ajuda, pois muitas vezes este transtorno costuma a ser encarado como uma mania, dificulte um diagnóstico precoce”, disse.
Segundo a fonte, TOC apresenta comportamentos psicológicos que geram muitos conflitos, porque pode parecer absurdo ou ridículo para o próprio indivíduo portados da doença e mesmo assim são incontroláveis, repetitivos e persistentes.
Acrescentou que a pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, religiosa, agressiva, entre outros, que são difíceis de afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos.
Sublinhou que o tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas.
A psicóloga clínica referiu que em casos de resistentes às terapias convencionais e naqueles em que há a concomitância com sintomas delirantes, a associação com medicações antipsicóticas pode ser feita com melhor resposta.
O TOC consiste em pensamentos recorrentes caracterizados por serem desagradáveis, repulsivos e contrários a índole do paciente, não são controláveis pelos próprios pacientes e causam significativa perda de tempo, sofrimento pessoal e queda no rendimento em actividades.