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    Tráfico e consumo de droga em São Tome e Príncipe aumentou

    (LUSA)
    (LUSA)

    O tráfico de cocaína e o consumo de cannabis e liamba “aumentaram vertiginosamente” nos últimos dois anos em São Tomé e Príncipe, revelou hoje a diretora do programa de luta contra a droga do ministério são-tomense da Justiça, Ivete Lima.

    “O consumo de cannabis e liamba, o tráfico de cocaína é uma realidade”, disse Ivete Lima durante o programa “Cartas na Mesa”, da televisão estatal TVS.

    “Neste momento temos cerca de 200 jovens, com idades compreendidas entre 16 e 36 anos, que são consumidores. Em 2010, tínhamos entre 20 e 57 consumidores. Portanto, o número aumentou de uma forma vertiginosa”, acrescentou.

    A directora do programa de luta contra a droga disse ainda que entre os consumidores identificados se encontram estudantes, agricultores e motoqueiros (jovens que praticam moto táxis).

    “A droga entrou nas nossas escolas, entrou na nossa sociedade de forma assustadora, essa é uma realidade”, sublinhou Ivete Lima, que associa o aumento da criminalidade violenta no arquipélago ao consumo de droga.

    Neste mesmo programa, o criminologista e antigo director da Polícia de Investigação Criminal (PIC), atualmente diretor dos Serviços Penitenciários e de Reinserção Social, Lázaro Afonso, confirmou a “entrada de cocaína no território são-tomense”.

    “Sabemos que tem entrado a cocaína no país, parte fica e parte sai. É verdade que sai em pequenas quantidades para não levantar suspeitas”, disse Lazaro Afonso.

    Não revelou a origem dos produtos nem os traficantes, referindo-se apenas que essas informações são do conhecimento das autoridades.

    Em abril de 2011, o comandante da polícia nacional de São Tomé e Príncipe, Roldão Boa Morte, disse à Lusa que a sua instituição se considerava “de mãos atadas” para combater o tráfico, comércio e consumo de estupefacientes no arquipélago.

    Na altura, recorde-se, a policia havia desmantelado uma rede de consumidores e comerciantes de droga. Cerca de 40 pessoas foram entregues o ministério público e no mesmo dia postas em liberdade pelo tribunal de primeira instância.

    “Mas há a situação agora é outra”, disse o delegado do Ministério Publico, Nobre de Carvalho, explicando que o novo Código Penal promulgado este ano “penaliza tanto o consumo como o tráfico de droga”.

    “Temos uma punição para os consumidores que vai até três meses de prisão e uma punição um bocado pesada para os traficantes e os angariadores da droga que vai de dois a 12 anos de prisão maior”, apontou.

    Segundo o representante do Ministério Publico, esta pena é mais gravosa “quando os agentes que têm a função de combater a própria criminalidade estão também envolvidos nesta pratica”. (noticiasaominuto.com)

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