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    Situação tensa em Maputo, mas sem incidentes de vulto

    A capital moçambicana está quase deserta, com o comércio fechado e a maioria das pessoas a regressarem a pé às suas casas nos bairros periféricos de Maputo, após os transportes públicos terem desaparecido das ruas da cidade.

    A meio da manhã, os “chapas”, carrinhas de transporte público informal, deixaram de circular, alegadamente por temerem represálias contra o aumento de preços, que entrou hoje em vigor, e na cidade continuam a circular rumores, ainda não confirmados, de protestos populares.

    Temendo a repetição das manifestações de 2008 e de 2010, que provocaram vários mortos, em confrontos perante o mesmo cenário de aumento de preços, a população abandonou o trabalho e, a pé, pôs-se a caminho de casa.

    O comércio está praticamente encerrado, assim como repartições públicas, e escolas, como a Escola Americana e a Escola Francesa da capital moçambicana.

    A Escola Portuguesa continua aberta e a TAP mantém o voo para Lisboa previsto para hoje à noite, disse à Lusa o cônsul-geral de Portugal, Gonçalo Teles Gomes.

    Segundo um relatório da principal empresa de segurança do país, a que a Lusa teve acesso, há concentrações significativas de pessoas em Mavalane (nas redondezas do aeroporto), no final da avenida 24 de Julho e na avenida de Angola, na zona da Malanga, nos bairros Chiquelene e Luís Cabral, e junto da empresa Coca Cola, na Machava.

    No entanto, passando por alguns desses locais, a Lusa observou apenas incidentes de pouca monta, como um pequeno caixote de lixo a arder, no final da avenida 24 de julho, e restos de pneus queimados, junto das portagens da Matola, mas sem grandes ajuntamentos de pessoas.

    A polícia está presente em força, mas com os chamados agentes de giro e não com elementos antimotim. Em vários locais, foi possível observar esses agentes a afastarem grupos de jovens que, aparentemente, não estavam a manifestar-se.

    Apenas circulam autocarros da empresa pública TPM, que também agravaram os preços, e que são insuficientes para cobrirem a Grande Maputo.

    Verificam-se alguns problemas de comunicação, sobretudo com a principal operadora de telemóveis, e meios de comunicação social públicos, como TVM e Rádio Moçambique, mantinham silêncio sobre a situação.

    FONTE: Lusa

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